23 de fev 2025
Pais têm filhos favoritos, mas poucos admitem essa preferência
Estudos anteriores indicam que apenas 10% dos pais admitem ter um filho favorito. Pesquisas recentes mostram que até 74% das mães e 70% dos pais favorecem um filho. Fatores como temperamento e responsabilidade influenciam o tratamento preferencial. Favoritismo pode gerar pressão no filho favorecido e baixa autoestima no menos favorecido. É crucial que pais reconheçam e gerenciem favoritismo para evitar consequências negativas.
Admitir que você tem um filho favorito é um dos grandes tabus da paternidade. (Foto: Maskot/Getty Images)
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A maioria dos pais nega ter um filho favorito, com apenas um em cada dez admitindo essa preferência, segundo uma pesquisa da YouGov. Sara Tarrés, psicóloga e autora do livro Mi hijo me cae mal, destaca que essa admissão é um tabu, gerando desconforto e medo de julgamento social, especialmente entre mães. No entanto, estudos indicam que é comum que os pais tenham um filho preferido, com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, Davis, revelando que até 74% das mães e 70% dos pais demonstram tratamento desigual entre os filhos.
Pesquisas recentes sugerem que características como ser mais responsável ou ter um temperamento calmo podem influenciar essa preferência. Raquel Huéscar, psicóloga perinatal, afirma que cada filho desperta emoções diferentes nos pais, o que pode levar a vínculos mais fortes com determinados filhos em momentos específicos. Ambos os especialistas concordam que filhos mais fáceis de criar tendem a ser os favoritos, pois isso reforça a ideia de que os pais estão fazendo um bom trabalho.
Embora o favoritismo seja natural, é crucial que os pais o gerenciem de forma consciente para evitar consequências negativas. Tarrés alerta que crianças são sensíveis às nuances nas relações com os pais, e até mesmo fatores sutis, como tom de voz e gestos, podem revelar preferências. Um estudo de 2023 publicado na Family Relations indica que o tratamento desigual pode impactar as relações entre irmãos e a dinâmica familiar.
O favoritismo pode gerar pressão excessiva sobre o filho preferido, levando a estresse e ansiedade, enquanto o menos favorecido pode desenvolver baixa autoestima. Tarrés enfatiza que amar os filhos de maneiras diferentes não é negativo, desde que os pais estejam cientes dessas dinâmicas e busquem equilibrar suas relações, respeitando as individualidades de cada criança.
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