26 de fev 2025
Empresas promovem paternidade ativa e ampliam políticas de licença para pais
A pandemia incentivou pais a se envolverem mais na criação dos filhos, desafiando estereótipos. Pesquisa Radar da Parentalidade 2024 mostra que 82% dos pais querem licença paternidade mais longa. Luis Silva exemplifica como a paternidade ativa impacta positivamente a vida familiar e profissional. A presença paterna reduz a sobrecarga das mães, facilitando a ascensão feminina no mercado. Empresas que não se adaptam a essa nova realidade correm risco de perder talentos valiosos.
A normalização da paternidade ativa não beneficia apenas os homens, mas também impacta diretamente a carreira das mulheres. (Foto: Getty Images)
Ouvir a notícia:
Empresas promovem paternidade ativa e ampliam políticas de licença para pais
Ouvir a notícia
Empresas promovem paternidade ativa e ampliam políticas de licença para pais - Empresas promovem paternidade ativa e ampliam políticas de licença para pais
A participação ativa dos pais na criação dos filhos tem se tornado um tema relevante no ambiente corporativo, especialmente após a pandemia. Muitos pais começaram a se envolver mais na rotina familiar, desafiando a ideia de que o cuidado infantil é uma responsabilidade exclusiva das mães. Essa mudança gerou discussões sobre a licença-paternidade estendida, a flexibilidade no trabalho e a desconstrução de estereótipos de gênero nas empresas.
A Pesquisa Radar da Parentalidade 2024, realizada pela consultoria Filhos no Currículo em parceria com o Talenses Group e o Movimento Mulher 360, revela que 82% dos pais desejam uma licença-paternidade mais longa. Além disso, 69% consideram esse benefício crucial para decidir permanecer ou mudar de emprego. Para 91%, um período maior de afastamento facilitaria um envolvimento mais ativo na criação dos filhos e ajudaria a aliviar a carga sobre as mães.
Um exemplo dessa nova realidade é Luis Silva, coordenador de tesouraria de uma multinacional em São Paulo, que assumiu integralmente os cuidados do filho Miguel, de 8 anos. Luis, que trabalha remotamente, equilibra suas responsabilidades profissionais com as demandas familiares. Ele reconhece que a paternidade trouxe desafios à sua carreira, mas destaca a importância de ter um líder compreensivo que permite flexibilidade em sua rotina.
A normalização da paternidade ativa não apenas beneficia os homens, mas também impacta positivamente as mulheres no mercado de trabalho. Com os pais mais envolvidos, as mães enfrentam menos barreiras, aumentando sua representatividade em cargos de liderança. Vinícius Bretz, CEO interino da Filhos no Currículo, enfatiza que a paternidade ativa deve ser incentivada nas empresas, pois a percepção dos colaboradores sobre seus direitos está evoluindo, e organizações que não se adaptarem a essa mudança podem perder talentos.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.