Estudo revela que monogamia e não-monogamia oferecem níveis semelhantes de satisfação amorosa

Um novo estudo publicado no Journal of Sex Research questiona a ideia de que a monogamia é superior à não-monogamia em termos de satisfação em relacionamentos e vida sexual. A pesquisa, que analisou dados de cerca de 24,5 mil pessoas em 35 levantamentos anteriores, revelou que não há diferenças significativas na satisfação entre indivíduos monogâmicos e não-monogâmicos. Essa descoberta desafia a crença popular, frequentemente alimentada por estereótipos e narrativas da mídia, de que a monogamia proporciona maior intimidade e felicidade.

O autor principal do estudo, Joel Anderson, destaca que a infidelidade é um fator comum em separações, o que pode explicar a satisfação semelhante entre os dois grupos. Em relacionamentos não-monogâmicos, como os de poliamor e relações abertas, os parceiros costumam ter acordos sobre a exclusividade, tornando a infidelidade menos relevante. Isso contrasta com a monogamia, onde a quebra de confiança pode ser mais impactante.

Além disso, a pesquisa mostrou que a satisfação se mantém consistente entre diferentes orientações sexuais, incluindo indivíduos LGBTQIAP+ e heterossexuais. Os dados indicam que pessoas em relacionamentos não-monogâmicos também experimentam vínculos fortes e uma vida sexual satisfatória, contribuindo para seu bem-estar geral, apesar do estigma e da discriminação que enfrentam.

Essas descobertas ressaltam a importância de reconhecer e respeitar as diversas formas de relacionamentos que existem na sociedade contemporânea. A pesquisa sugere que a felicidade em relacionamentos não depende exclusivamente do modelo adotado, mas sim da qualidade da conexão entre os parceiros e do respeito mútuo por seus desejos e acordos.