30 de abr 2025
Esther Rodríguez transforma terreno árido em selva escondida em Lima com dedicação e amor
Esther Rodríguez Huamán transformou um terreno árido em uma selva escondida em Lima, que agora é um espaço turístico e ecológico.
Esther e Herberth construíram um ponte colgante e uma casinha para os visitantes. (Foto: Francesca Raffo)
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Esther Rodríguez Huamán, uma migrante de Ayacucho, chegou a Lima há quarenta e três anos e transformou um terreno árido em um espaço verde conhecido como "selva escondida". O local, que antes era um deserto, agora abriga mais de cem espécies de árvores e se tornou um ponto turístico que melhora a qualidade de vida e o ecossistema local.
A história de Esther começou em 1982, quando ela e sua família se mudaram para San Juan de Lurigancho, o distrito mais populoso de Lima. O terreno, cedido pela prefeitura, era completamente seco. Para lidar com a nova realidade, Esther começou a plantar árvores, utilizando técnicas de cultivo em terraços, semelhantes às usadas pelos Incas. Com o tempo, o espaço cresceu para quatro mil metros quadrados de vegetação.
Atualmente, seus filhos, Herberth e Gilberto, cuidam do local. Eles administram a selva, que possui árvores frutais, ornamentais e medicinais, como laranja, manga e café. Apesar das dificuldades climáticas, a área se tornou um pequeno ecossistema, atraindo aves e borboletas. A família também construiu poços para garantir o abastecimento de água, essencial para a irrigação.
A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos nove metros quadrados de área verde por habitante. Em Lima, a média é de apenas três metros quadrados. A selva escondida, além de oferecer um refúgio natural, contribui para a captura de carbono e melhora a qualidade do ar. A família começou a abrir o espaço ao público antes da pandemia, cobrando uma taxa simbólica de seis soles por entrada, que ajuda a cobrir os custos de manutenção.
O local é agora um destino turístico recomendado pela prefeitura, com caminhos que permitem aos visitantes conhecer as diversas espécies de árvores. Além disso, a presença de animais como cuyes e gallinas enriquece ainda mais a experiência. Esther, agora com oitenta e cinco anos, continua a se dedicar às plantas, afirmando que elas representam uma parte essencial de sua vida.
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