07 de mai 2025
Pais devem praticar compaixão para ajudar crianças a lidarem com frustrações
A compaixão na educação infantil é essencial para evitar que crianças se tornem adultas autocríticas, segundo a psicóloga Becky Kennedy.
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A psicóloga Becky Kennedy destacou a importância da compaixão na educação infantil durante um episódio de seu podcast "Good Inside". Segundo ela, tratar as crianças com empatia em momentos de crise emocional é fundamental para o desenvolvimento da resiliência e da autocompaixão. A abordagem contrária, que envolve críticas, pode intensificar as reações emocionais das crianças.
Kennedy, que possui doutorado em psicologia clínica pela Universidade de Columbia, afirmou que muitos pais veem a compaixão como algo prejudicial. "Quando as crianças reagem intensamente a situações que consideramos pequenas, pensamos que a compaixão as tornará frágeis", disse. No entanto, a crítica pode agravar a situação. "Se eu critico, a sensação de frustração aumenta. É contraproducente", alertou.
Para ajudar as crianças a lidarem com suas emoções, Kennedy sugere que os pais validem os sentimentos dos filhos com frases como: "É compreensível que você esteja chateado. Isso é real e você vai superar." Essa validação é essencial, especialmente em momentos de dificuldade. A psicoterapeuta Amy Morin complementou que é importante ensinar as crianças a expressarem suas emoções de maneira adequada, como respirar fundo ou nomear o que sentem.
Desenvolvimento da Autocompaixão
Kennedy enfatiza que a voz dos pais se torna a autoavaliação das crianças. Se os pais desvalorizam ou criticam a dor emocional, as crianças podem crescer se criticando em vez de refletirem sobre suas experiências. Isso dificulta a construção de confiança e resiliência na vida adulta.
A pesquisa da psicóloga Kristin Neff, professora associada na Universidade do Texas em Austin, mostra que a autocompaixão aumenta a motivação para aprender e mudar comportamentos. "A compaixão após uma falha faz com que as pessoas sejam mais propensas a persistir", afirmou Kennedy, referindo-se aos benefícios da autocompaixão em vez da autocrítica. Essa abordagem ajuda os indivíduos a assumirem responsabilidades sem se afundarem em sentimentos de vergonha.
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