08 de mai 2025
Arianna de Sousa-García reflete sobre a diáspora venezuelana em nova obra literária
A escritora Arianna de Sousa García lança "Atrás queda la tierra", refletindo sobre a diáspora venezuelana e sua vida no Chile.
Arianna de Sousa-García em Bogotá, no dia três de maio de dois mil e vinte e cinco. (Foto: ANDRÉS GALEANO)
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A jornalista e escritora venezuelana Arianna de Sousa-García lançou a novela de não ficção "Atrás queda la tierra", que explora a diáspora venezuelana e suas experiências no Chile. O livro, que será publicado pela Seix Barral em 2024, reflete sobre sua vida em Santiago e a relação com seu filho, além de expressar a esperança de retornar à Venezuela.
Arianna, que emigrou há nove anos, compartilha suas memórias de Puerto La Cruz, sua cidade natal. "É um lugar precioso, deslumbrante em sua natureza," afirma. A obra também é um testemunho da luta de uma mãe que deixou seu país em busca de um futuro melhor para seu filho recém-nascido. "Quero estar lá quando for o momento da reconstrução," diz a autora, que participou da Feira Internacional do Livro de Bogotá.
Em sua narrativa, Arianna aborda a realidade da migração e a resistência enfrentada pelos venezuelanos no Chile. "Chile é um lugar brutal, inclusive para os chilenos," comenta. Ela critica a falta de empatia da sociedade chilena e destaca a união entre migrantes de diferentes nacionalidades, que enfrentam desafios semelhantes.
Arianna ainda reflete sobre sua identidade como migrante. "A migração abre uma porta que talvez nunca se feche," afirma. Ela expressa sua preocupação com a política migratória na América Latina, temendo que discursos de ódio se espalhem. A autora também menciona a dificuldade de retornar à Venezuela, onde seu filho ainda não possui passaporte.
Por fim, Arianna introduz o conceito de "insilio", que descreve a experiência de estar fora do país de origem, mas ainda assim sentir a dor da perda e do desarraigo. "É um estado muito estranho, onde se está fora, mas também dentro," conclui.
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