15 de mai 2025
Medo de envelhecer: filme 'A substância' reflete angústias e estigmas da velhice
Estudo recente revela que o medo de envelhecer está ligado a riscos de depressão e ansiedade, destacando a urgência de uma nova abordagem sobre a velhice.
O processo de envelhecimento ainda é ligado a diversos estigmas negativos (Foto: Visualmind/Adobe Stock)
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O medo de envelhecer, tema central do filme "A Substância", com Demi Moore, foi analisado em um estudo recente. Publicado em janeiro de 2025 na revista "Arquivos de Geriatria e Gerontologia", a pesquisa revela que altos níveis de gerascofobia (medo de envelhecer) estão associados a riscos elevados de depressão e ansiedade.
O filme retrata Elizabeth Sparkle, uma atriz que, ao enfrentar a pressão social e o estigma da idade, recorre a uma substância misteriosa para se sentir mais jovem. Essa narrativa reflete a realidade de muitas mulheres que lidam com a rejeição dos sinais de envelhecimento. No Brasil, a população idosa cresceu para 15,6%, totalizando 32.113.490 pessoas, enquanto o preconceito, conhecido como idadismo, persiste.
O estudo avaliou o medo de envelhecer por meio de quatro perguntas, mostrando que quanto maior a pontuação, maior o risco de problemas de saúde mental. A pesquisa destaca a necessidade de uma nova abordagem sobre a velhice, considerando que o culto à juventude e a negação da vulnerabilidade contribuem para a angústia relacionada ao envelhecimento.
Reflexões sobre o Envelhecimento
A busca por procedimentos estéticos no Brasil, o segundo país que mais realiza tais intervenções, levanta questões sobre a verdadeira satisfação que esses tratamentos proporcionam. A reflexão é se essas ações realmente garantem felicidade ou apenas reforçam estigmas negativos associados ao envelhecimento.
A provocação de Simone de Beauvoir, "velho é o outro", ilustra como a sociedade vê o envelhecimento como algo distante. É fundamental reconhecer que todos estamos envelhecendo e promover uma mudança cultural que valorize a experiência dos mais velhos. A transformação da representação da velhice e o incentivo a relações intergeracionais são passos essenciais para um envelhecimento ativo e saudável.
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