Brasil registra menor número de nascimentos em quase cinquenta anos, aponta IBGE

Em 2023, o Brasil registrou o menor número de nascimentos em quase cinquenta anos, com 2,518 milhões de bebês. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e representa uma queda contínua pelo quinto ano consecutivo. O total é o mais baixo desde 1976, quando foram contabilizados 2,46 milhões de nascimentos.

A pesquisa do IBGE exclui registros de mães que vivem no exterior ou cujas residências são desconhecidas, mas mesmo considerando esses casos, o número de nascimentos é alarmante. Apenas nove das 27 unidades da federação apresentaram aumento nos nascimentos em relação a 2022, com destaque para Tocantins (crescimento de 3,4%) e Goiás (crescimento de 2,8%). As maiores quedas foram observadas em Rondônia (-3,7%), Amapá (-2,7%) e Rio de Janeiro (-2,2%).

A coordenadora do estudo, Klivia de Oliveira, aponta que o alto custo de criar filhos e a maior disponibilidade de métodos contraceptivos têm levado as mulheres a adiar a maternidade. Desde 2003, a proporção de nascimentos de mães com até dezenove anos caiu de 21% para 12%, enquanto a taxa de partos de mulheres acima dos trinta anos aumentou de 24% para 39%.

Casamentos e Divórcios

Em 2023, o Brasil também registrou 941.000 casamentos, uma queda de 3% em relação ao ano anterior. A idade média dos noivos tem aumentado, com a proporção de mulheres que se casam após os quarenta anos subindo de 8,2% para 25,1% nas últimas duas décadas. Para os homens, esse índice passou de 13% para 31,3%.

Os divórcios também estão em ascensão, com quase 441.000 ocorrências em 2023. As estatísticas indicam que, para cada cem casamentos, cerca de 47 resultam em divórcio. O tempo médio de casamento diminuiu, passando de dezesseis anos em 2010 para menos de quatorze anos em 2023.