Vida

Maronitas de Chipre lutam para preservar o idioma Sanna em meio a desafios culturais

Maronitas de Chipre lutam para revitalizar o árabe Maronita Cipriota, com apenas 900 falantes restantes e esforços para atrair jovens de volta.

Foto:Reprodução

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A comunidade Maronita em Chipre, que fala o árabe Maronita Cipriota, conhecido como Sanna, enfrenta um grave risco de extinção. Com apenas novecentos falantes restantes, a língua, que remonta ao idioma falado por Jesus Cristo, está em perigo devido a fatores históricos e sociais. A situação se agrava com a dispersão da comunidade após a invasão turca de 1974, que resultou na perda de muitos de seus centros culturais.

Recentemente, a comunidade tem se mobilizado para revitalizar a língua. Com apoio do governo cipriota e da União Europeia, foram criadas escolas e um alfabeto para o Sanna, além de cursos para ensinar a língua. O objetivo é atrair jovens famílias de volta a Kormakitis, a última vila onde o Sanna é falado. "Sanna é uma das características mais distintivas da nossa identidade cultural," afirmou Yiannakis Moussas, representante da comunidade na legislatura cipriota.

Historicamente, o Sanna foi trazido para Chipre por árabes cristãos fugindo de perseguições na Síria e no Líbano, desde o século VIII. A língua, um ramo do árabe sírio, incorporou elementos do grego ao longo dos séculos, tornando-se única. A interação com a população de língua grega levou a mudanças na fonética e na gramática do Sanna, que agora possui um alfabeto de 27 letras.

As iniciativas para revitalizar a língua incluem cursos em Kormakitis e na escola primária de Saint Maronas, em Nicosia. Atualmente, cerca de cem crianças e adultos estão matriculados. Um acampamento de verão também foi criado para ensinar a língua. No entanto, a comunidade enfrenta desafios para atrair mais famílias. Moussas mencionou que estão sendo considerados incentivos para facilitar a moradia em Kormakitis.

A preservação do Sanna é vista como um legado importante. O professor aposentado Ilias Zonias, o único falante nativo qualificado para ensinar a língua, expressou seu desejo de não ser o último a fazê-lo. "Não quero ser o último professor de Sanna," disse Zonias, enfatizando a importância de manter a língua viva para as futuras gerações.

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