26 de mai 2025

José Jiménez Nieto celebra conquista de independência ao se mudar para piso compartilhado
José Jiménez Nieto celebra a conquista da autonomia ao se mudar para um piso compartilhado, destacando os desafios de habitação para pessoas com deficiência.
Foto:Reprodução
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José Jiménez Nieto, conhecido como Peque, celebra sua mudança para um piso compartilhado em Madrid, um marco significativo em sua vida. Após viver em uma residência por anos, ele expressa sua felicidade, afirmando: “Me siento como si hubiera ganado la lotería”. Essa conquista destaca a luta por autonomia e a busca por habitação acessível para pessoas com deficiência intelectual.
Em Espanha, cerca de 300.000 pessoas vivem com deficiência intelectual, sendo que 68,2% reside com suas famílias e 10,4% em instituições. Apenas 20,3% tem acesso a habitações próprias ou assistidas, como é o caso de Peque. Um estudo da Fundação PwC e da Fundação Álex Rivera revela que 45,5% das pessoas com deficiência desejam se independizar, mas enfrentam barreiras como a falta de alternativas e recursos financeiros.
Carlos Rivera, presidente da Fundação Álex Rivera, destaca que o aumento dos alugueis torna a situação ainda mais difícil. Ele explica que pessoas com deficiência enfrentam custos adicionais para assistência nas atividades diárias. O estudo aponta que 56% desse grupo necessita de ajuda frequente e intensa, especialmente em tarefas como gestão financeira e cuidados de saúde.
Desafios e Oportunidades
Clara Gutiérrez, que vive em um piso assistido, relata que a experiência a fez sentir-se mais capaz de viver de forma independente. Ela destaca a importância do apoio recebido, especialmente devido à sua condição de saúde. “Da um pouco de vértigo, mas quando vi que posso fazer coisas, me motivei muito”, afirma.
A pesquisa de Asprodema de 2017 indica que o tipo de moradia impacta na satisfação pessoal. Ambientes que oferecem mais independência têm uma qualidade de vida superior, com 60% de satisfação, em comparação com 40% nas residências tradicionais. Países como Noruega e Suécia têm promovido modelos de habitação alternativos, enquanto na Espanha, apenas 9,7% das pessoas com deficiência vivem em habitações não institucionais.
A situação de Roger Soler, que aguarda apoio para autonomia, ilustra a necessidade de soluções habitacionais. Ele expressa o desejo de se mudar para um piso compartilhado, buscando liberdade e autonomia. O acesso ao mercado de trabalho é um desafio, com uma taxa de ocupação de apenas 21,9% entre pessoas com deficiência intelectual.
Acesso à Habitação
Peque, que ganha R$ 800,00 mensais, enfrenta dificuldades para alugar um espaço em Madrid. O piso onde reside, pertencente à tuTechô, oferece condições acessíveis, permitindo que ele pague R$ 300,00. Anna Capdevila, da fundação La Llar, ressalta que a garantia de renda é um requisito fundamental para o acesso a esses serviços.
Carlos Rivera observa que, embora existam planos de habitação para grupos vulneráveis, as regras muitas vezes dificultam a inclusão de pessoas com deficiência. Ele sugere que as empresas imobiliárias podem desempenhar um papel crucial na melhoria do acesso à habitação.
Clara conclui que é essencial abrir a mente e dar oportunidades a pessoas com deficiência. “Não se pode dizer que alguém não é capaz de sair de casa sem antes tentar”, reflete, enfatizando a necessidade de inclusão e apoio.
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