Hugo Herrera transforma vidas de imigrantes com oficinas gratuitas de costura em Nova York

Hugo Herrera, um imigrante colombiano, e sua esposa Nidia oferecem workshops gratuitos de corte e costura em Manhattan, voltados principalmente para mulheres latinas. Desde 2015, os cursos têm ajudado muitos a se reinventarem em um momento desafiador para imigrantes nos Estados Unidos. Recentemente, a popularidade dos workshops cresceu após um vídeo viral no TikTok, resultando em mais de mil pessoas na lista de espera.

Os workshops ocorrem aos sábados, durante oito semanas, e ensinam técnicas de patronagem, corte, confeção e design. Hugo, que chegou aos Estados Unidos em 2001, enfrentou dificuldades financeiras e emocionais antes de encontrar seu propósito. Ele relata que, após um período de tristeza, decidiu ajudar outros imigrantes, ensinando o que sabia. Em 2008, ele abriu seu primeiro espaço para os cursos, que começaram com apenas dez alunos.

Crescimento e Desafios

Atualmente, Hugo possui 22 máquinas de costura e já formou cerca de 160 alunos ao longo dos anos. A maioria dos participantes são mulheres latinas, mas também há imigrantes de outras nacionalidades, como chineses e ucranianos. Para participar, os alunos contribuem com uma doação simbólica de R$ 40,00 para cobrir materiais e gradução, embora muitos doem mais.

Hugo expressa sua frustração por não poder atender a todos os interessados devido à falta de espaço. Ele sonha em conseguir um local maior para expandir os serviços. Recentemente, sua iniciativa, chamada Stitches by Hugo, obteve o status de organização sem fins lucrativos, o que pode abrir portas para novas oportunidades de financiamento.

Visão e Impacto

A missão de Hugo é ajudar imigrantes a se estabelecerem e a viverem com dignidade. Ele acredita que muitos chegam sem saber como se sustentar e quer proporcionar a eles a chance de montar seus próprios negócios. Hugo compartilha que, ao longo dos anos, várias alunas conseguiram abrir suas próprias empresas ou confeccionar suas roupas.

A trajetória de Hugo é marcada por desafios, mas também por gratidão. Ele afirma que não teme a morte, pois acredita que todos têm um tempo determinado para viver. Com setenta anos, ele deseja continuar seu trabalho até onde for possível, e seu filho pode dar continuidade à sua missão.