Vida

Cultura da correria gera exaustão e prejudica bem-estar e produtividade no trabalho

A cultura da hiperprodutividade gera exaustão e prejudica a saúde; especialistas alertam para a importância do descanso e do bem estar.

Dias intermináveis, metas inatingíveis e o corpo a serviço do desempenho: a cultura da correria promete sucesso, mas traz exaustão (Foto: Shutterstock)

Dias intermináveis, metas inatingíveis e o corpo a serviço do desempenho: a cultura da correria promete sucesso, mas traz exaustão (Foto: Shutterstock)

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A cultura da correria, que prioriza a produtividade em detrimento do bem-estar, tem gerado preocupações crescentes. Estudos recentes revelam que a privação do sono e a exaustão crônica impactam negativamente a saúde e a produtividade, evidenciando a necessidade de valorizar o descanso.

Tomás, um profissional que se destacou pela produtividade, enfrentou sérios problemas de saúde devido à sua rotina intensa. Ele nunca tirou férias e se dedicava a responder e-mails a qualquer hora. Após um episódio de exaustão que o deixou acamado, ele refletiu sobre a normalização dessa vida. A cultura da correria, que surgiu com o crescimento de startups, promove a ideia de que o sacrifício pessoal é necessário para o sucesso.

A ex-gerente de Recursos Humanos da Danone, Sol Candotti, destaca que a pressão social leva muitos a priorizar o trabalho em detrimento do bem-estar. Programas que promovem saúde no ambiente de trabalho demonstraram que o cuidado pessoal melhora o desempenho profissional. Estudos indicam que a privação do sono afeta a concentração e a saúde emocional, com consequências diretas na produtividade.

Um estudo dos Institutos Nacionais de Saúde da Argentina concluiu que a falta de sono reduz a testosterona em homens jovens, afetando o foco e a saúde geral. A psicóloga Valentina Agüero Vera alerta que a hiperprodutividade gera problemas psicológicos, pois o sono é essencial para o funcionamento adequado do cérebro.

Dados da RAND revelam que a privação do sono custa aos Estados Unidos mais de US$ 400 bilhões anualmente. Especialistas sugerem que é crucial identificar os sinais de hiperprodutividade para evitar o burnout. Agüero Vera recomenda reservar tempo para atividades não relacionadas ao trabalho e planejar a semana para garantir um equilíbrio saudável.

Candotti enfatiza que tanto empregadores quanto autoridades devem promover a importância do sono e desencorajar o uso excessivo de dispositivos eletrônicos. Descansar não é perder tempo, e mudar a mentalidade sobre a produtividade é um desafio cultural necessário.

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