Vida

A maioria dos groenlandeses é luterana, 300 anos após a chegada do missionário dinamarquês

A maioria dos groenlandeses, cerca de noventa por cento, se identifica como Inuit e é luterana. Salik e Malu Schmidt celebraram seu casamento em Nuuk, destacando tradições luteranas. O primeiro ministro da Groenlândia reafirmou que a ilha não está à venda, em resposta a Trump. O movimento por independência ganha força, impulsionado pelas ameaças de Trump. A religiosidade, embora em mudança, continua a ser central na identidade groenlandesa.

Uma mulher caminha em um cemitério coberto de neve enquanto o sol se põe em Nuuk, Groenlândia, domingo, 16 de fevereiro de 2025. (Foto: Emilio Morenatti/AP)

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A maioria dos groenlandeses se identifica como Inuit e é luterana, com cerca de 90% dos 57 mil habitantes da Groenlândia pertencendo à Igreja Luterana. Essa tradição religiosa foi introduzida por um missionário dinamarquês há mais de 300 anos. Para muitos, a devoção à religião é parte essencial da identidade groenlandesa, especialmente em um contexto onde a terra não está à venda, apesar das ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump.

A Groenlândia, que é aproximadamente três vezes o tamanho do Texas, possui 17 paróquias espalhadas por várias comunidades. Mesmo enfrentando um clima ártico rigoroso, os fiéis frequentam os cultos aos domingos, enquanto outros acompanham os serviços transmitidos pelo rádio durante atividades de pesca e caça. O bispo Paneeraq Siegstad Munk destaca que essa vida resiliente reforça a devoção religiosa dos groenlandeses.

Recentemente, o casal Salik e Malu Schmidt celebrou seu casamento na Igreja do Nosso Salvador, em Nuuk. Embora Malu se considere espiritual e Salik ateu, ambos valorizam a tradição luterana como uma forma de honrar suas raízes familiares. A Igreja da Groenlândia, que se separou da Igreja Luterana da Dinamarca em 2009, é financiada pelo governo local e mantém uma identidade única, utilizando a língua groenlandesa em suas práticas.

A história da Igreja Luterana na Groenlândia é complexa, com figuras como Hans Egede, que fundou a capital em 1721, sendo vistas de maneira ambivalente. Enquanto alguns reconhecem sua contribuição para a educação e a literatura, outros o veem como símbolo do colonialismo. A crescente demanda por tradições shamanísticas e a rejeição de legados coloniais refletem um desejo de independência, especialmente em um momento em que a Groenlândia busca maior autonomia em relação à Dinamarca.

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