30 de abr 2025
Crianças pregadoras ganham destaque nas redes sociais e nas igrejas evangélicas
Cresce a polêmica sobre pregadores mirins nas igrejas evangélicas, com histórias de superação e críticas à exposição precoce de crianças.
Moisés Andrade e Ester Souza fazem sucesso nas redes sociais com suas mensagens evangélicas. (Foto: Arquivo Pessoal)
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O fenômeno dos pregadores mirins tem se expandido nas igrejas evangélicas e nas redes sociais. Crianças como Ester Souza e Moisés Andrade têm ganhado destaque por suas mensagens de fé e superação. Os vídeos deles acumulam milhões de visualizações em plataformas como Instagram e TikTok.
Ester, natural de Votuporanga, enfrentou desafios de saúde significativos. Com apenas três anos, foi diagnosticada com problemas renais, resultando em uma internação de 87 dias. Após um transplante, ela se recuperou e começou a compartilhar suas experiências espirituais, conquistando mais de 429 mil seguidores no Instagram. Seu pai, pastor Lucas Souza, impõe limites rigorosos em sua rotina, garantindo que a educação e a saúde sejam prioridades.
Moisés Andrade, de João Pessoa, também tem uma história de superação. Ele nasceu com problemas respiratórios e passou um mês na UTI. Desde os seis anos, sente que recebeu um chamado de Deus para pregar. Com 460 mil seguidores no Instagram, ele combina suas atividades de pregador com a vida escolar, mantendo um bom desempenho acadêmico.
Críticas e Reflexões
Ambos enfrentam críticas sobre a adequação de crianças na pregação religiosa. O pai de Ester acredita que, embora uma criança não esteja apta para ensinar, pode transmitir mensagens evangelísticas. Moisés, por sua vez, afirma que as críticas não o afetam, e seu produtor defende que até mesmo crianças podem ser instrumentos de Deus.
Teólogos, como Kenner Terra, alertam para os riscos dessa exposição precoce. Ele destaca que a falta de formação adequada pode levar a distorções na interpretação religiosa. A preocupação é que crianças ocupem um espaço de autoridade sem a maturidade necessária, o que pode gerar erros teológicos e pedagógicos.
As histórias de Ester e Moisés refletem um novo fenômeno nas igrejas evangélicas, onde a fé e a superação se entrelaçam com a infância, gerando tanto admiração quanto controvérsias.
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