Descobertas arqueológicas em Lumbini reforçam a história do nascimento do Buda

Recentes descobertas arqueológicas em Lumbini, no Nepal, reforçam a narrativa sobre o Buda, atraindo a atenção de fiéis e estudiosos. O local, reconhecido como o berço de Sidarta Gautama, foi declarado patrimônio da Unesco em mil novecentos e noventa e sete.

Entre as novidades, destaca-se a identificação de vestígios de uma figueira-dos-pagodes e uma estrutura de madeira do século VI a.C. A figueira, encontrada próxima ao Templo de Maya Devi, é considerada um símbolo importante, pois acredita-se que o Buda alcançou seu despertar espiritual sob uma árvore semelhante. A descoberta foi publicada na revista Frontiers of Geochemistry.

Arqueólogos também revelaram uma estrutura de madeira, possivelmente o santuário mais antigo associado ao Buda. Essas evidências corroboram relatos orais que afirmam que Maya Devi deu à luz em um espaço semelhante ao encontrado. Além disso, escavações em Tilaurakot, a cerca de 27 quilômetros de Lumbini, revelaram os restos de uma cidade fortificada, possivelmente Kapilavastu, onde Gautama passou sua juventude.

Essas descobertas são vistas como peças importantes do quebra-cabeça histórico do budismo. O arqueólogo Robin Coningham, da Universidade de Durham, destacou a importância do sítio e a necessidade de um mapa de risco para proteger as áreas vulneráveis. A busca por evidências sobre a vida do Buda continua, especialmente com a aproximação das celebrações do seu nascimento em cinco de maio de dois mil e vinte e cinco.

O Dalai Lama, em suas reflexões, mencionou a importância de pesquisas científicas para datar relíquias associadas ao Buda. As recentes descobertas em Lumbini são um exemplo de como ciência e espiritualidade podem se entrelaçar, oferecendo novas perspectivas sobre a história do budismo.