Bonito registra avistamentos de sucuris gigantes e destaca a importância ecológica da espécie

Bonito, em Mato Grosso do Sul, é famosa por suas belezas naturais, incluindo águas cristalinas e cachoeiras. Recentemente, uma sucuri de quase sete metros, chamada Ana Júlia, foi encontrada morta no Rio Formoso, em março de 2024. A serpente pesava 200 quilos e é uma das maiores já registradas na região.

O biólogo Henrique Abrahão Charles explicou que a visibilidade das sucuris na área é facilitada pela transparência das águas. Essa característica, combinada com o habitat ideal criado pelos alagados e nascentes, torna Bonito um local propício para a presença dessas serpentes. Elas desempenham um papel crucial no equilíbrio ecológico, controlando populações de roedores e outros pequenos animais.

Durante a estação seca, que ocorre de maio a setembro, as águas ficam ainda mais claras, aumentando as chances de avistamentos. As sucuris costumam ser vistas tomando sol nas margens ou em trechos rasos dos rios. Cristian Dimitrius, documentarista, ressaltou que a boa conservação da espécie e a clareza das águas contribuem para os registros frequentes na cidade.

A sucuri-amarela, conhecida cientificamente como Eunectes notaeus, é a espécie mais comum em Bonito. Essas serpentes podem atingir tamanhos impressionantes, com relatos de indivíduos de até sete metros. É importante desmistificar a imagem negativa que muitas pessoas têm dessas cobras, que não são agressivas como retratadas em filmes.