14 de jul 2025
Médico conhecido como 'Doutor Morte' é julgado por assassinato de 15 pacientes na Alemanha
Médico é acusado de assassinar 15 pacientes em Berlim e investigações revelam mais 96 mortes suspeitas. Promotoria pede prisão perpétua.

Os advogados do réu nomeados pelo tribunal, Klaudia Dawidowic (LR), Ria Halbritter e Christoph Stoll (Foto: Tobias Schwarz / AFP)
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Um médico de cuidados paliativos, Johannes M., começou a ser julgado em Berlim por assassinar 15 pacientes com injeções letais entre setembro de 2021 e julho de 2024. As vítimas, 12 mulheres e três homens, tinham idades entre 25 e 94 anos. O réu é acusado de administrar um coquetel mortal de sedativos e, em pelo menos cinco casos, de incendiar as residências das vítimas para ocultar os crimes.
A denúncia que levou à prisão de Johannes M. em agosto de 2024 partiu de uma colega de trabalho, que notou a quantidade suspeita de mortes de pacientes sob seus cuidados. Inicialmente, as investigações apontaram para quatro mortes, mas logo se expandiram para um total de 15 assassinatos. Além disso, 96 mortes adicionais estão sob investigação, incluindo o falecimento da sogra do médico, que ocorreu em circunstâncias questionáveis.
Os promotores afirmam que o médico abusou da confiança dos pacientes, agindo como "mestre da vida e da morte". Ele teria administrado anestésicos e relaxantes musculares que causaram a morte em minutos, sem o conhecimento ou consentimento das vítimas. O promotor Philipp Meyhöfer destacou que o réu não tinha motivos além de matar e pediu uma pena de prisão perpétua.
O caso de Johannes M. remete ao de Niels Hoegel, enfermeiro condenado por assassinar 85 pacientes, levantando preocupações sobre a confiança em profissionais de saúde. O médico, apelidado de "Doutor Morte" pela mídia, não se pronunciou sobre as acusações até o momento.


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