14 de jul 2025
Feminicídio de Karla expõe a normalização da violência contra mulheres no México
Feministas exigem justiça após assassinato de mulher em Guadalajara, destacando a relação entre violência machista e crime organizado.

Captura de um vídeo divulgado nas redes sociais onde uma mulher é assassinada por arma de fogo, em Guadalajara, Jalisco. (Foto: RR SS)
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Uma mulher de 28 anos foi assassinada em Guadalajara, México, na madrugada do último sábado, em um ataque que gerou forte indignação entre grupos feministas. O crime ocorreu na Colônia Balcones de Oblatos, onde a vítima foi atingida por disparos de um homem armado com uma arma de alto calibre.
O incidente, que aconteceu por volta das 2h29, foi registrado em vídeo e mostra a mulher discutindo com o agressor antes de ser baleada. Testemunhas tentaram socorrê-la, mas ela não sobreviveu. A Fiscalia do Estado informou que investigações estão em andamento para identificar e capturar o responsável pelo feminicídio.
Organizações feministas, como o coletivo Sororas Violetas Jalisco, criticaram a normalização da violência contra as mulheres e questionaram a eficácia das políticas de segurança do governo. "Não é normal que sigam assassinando mulheres por tentarem se libertar de relacionamentos abusivos", afirmaram. A advogada Ana Pérez Garrido, do Observatório Nacional do Feminicídio, destacou a necessidade de investigar a relação entre a violência machista e o crime organizado, especialmente em uma região marcada pela presença do Cartel Jalisco Nova Geração.
O governo federal, por sua vez, lançou campanhas para combater a violência de gênero, mas as críticas persistem. Dados alarmantes indicam que pelo menos 11 mulheres são assassinadas diariamente no México, e apenas um em cada quatro casos é tratado como feminicídio. Apesar das promessas de reformas e novas legislações, como a Lei Ácida e a Lei Monse, especialistas afirmam que a implementação efetiva dessas medidas ainda é insuficiente.
O caso de Karla, como foi identificada a vítima, se soma a uma longa lista de feminicídios no país, evidenciando a urgência de ações mais eficazes para proteger as mulheres e garantir justiça.
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