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15 de jul 2025

Patricia Evangelista destaca a dificuldade de usar palavras belas em seu trabalho

Jornalista Patricia Evangelista expõe em livro a brutalidade da política de Duterte e a desumanização das vítimas no combate às drogas.

A jornalista Patricia Evangelista, em um hotel central, em Madrid. (Foto: Samuel Sánchez)

A jornalista Patricia Evangelista, em um hotel central, em Madrid. (Foto: Samuel Sánchez)

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Patricia Evangelista, jornalista filipina, lança livro que investiga os crimes de Rodrigo Duterte, ex-presidente das Filipinas, conhecido por sua brutal política de combate às drogas. Em "Que alguém os mate", Evangelista analisa a desumanização das vítimas e a lógica da violência que permeou o governo Duterte, responsável por milhares de assassinatos extrajudiciais.

A obra destaca como Duterte manipulou o medo e a frustração da população, transformando-os em alvos de sua política violenta. Evangelista afirma que o ex-presidente via um cadáver como um preço aceitável, refletindo uma lógica distorcida sobre a vida e a morte. A jornalista, que já recebeu diversos prêmios internacionais, utiliza uma linguagem direta e impactante, ressaltando que o verbo matar não precisa de sinônimos.

A autora questiona a motivação por trás da violência de Duterte, sugerindo que cada autocrata precisa de um inimigo para justificar suas ações. Duterte prometeu segurança ao povo, alegando que a morte de traficantes traria tranquilidade às famílias. Essa retórica, segundo Evangelista, é comum entre líderes autoritários, que desumanizam suas vítimas para legitimar a violência.

Evangelista também reflete sobre o papel da linguagem no jornalismo, enfatizando que o termo "assassinato extrajudicial" foi usado por Duterte para criar uma justificativa para os crimes. A jornalista, que se considera especialista em trauma, destaca a importância de abordar as histórias das vítimas com respeito e ética, evitando perguntas que possam reviver o sofrimento.

A obra de Evangelista é um chamado à resistência e à memória, buscando dar voz a aqueles que foram silenciados pela violência. Ela acredita que, embora a esperança de mudança seja tênue, é fundamental documentar essas histórias para que não sejam esquecidas.

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