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14 de jul 2025

China se torna responsável por 26% das importações brasileiras, batendo recorde histórico

Brasil aumenta importações da China, com destaque para automóveis, enquanto montadoras locais enfrentam crescente concorrência.

Veículos enfileirados em porto da cidade de Lianyungang, na China (Foto: Wang Chun/Xinhua)

Veículos enfileirados em porto da cidade de Lianyungang, na China (Foto: Wang Chun/Xinhua)

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A China se consolidou como o principal fornecedor de produtos ao Brasil, representando 26% das importações brasileiras, superando os Estados Unidos, que têm 16%. No primeiro semestre de 2023, as importações de bens de consumo da China aumentaram quase 12%, com destaque para os automóveis, que cresceram 15,6% em relação ao ano anterior.

Esse crescimento ocorre em meio aos efeitos da guerra comercial promovida pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O Icomex, indicador de comércio exterior da FGV Ibre, revelou que em maio, as importações de produtos chineses aumentaram 110% em comparação ao mesmo mês de 2024. O porto de Itajaí, em Santa Catarina, recebeu 7.000 carros da montadora BYD, marcando um quarto desembarque da empresa no Brasil neste ano.

As montadoras locais estão preocupadas com o aumento da participação dos veículos importados no mercado brasileiro. No primeiro semestre, os emplacamentos de veículos nacionais subiram 2,6%, enquanto os importados cresceram 15,6%. Atualmente, os carros chineses representam 6% do mercado brasileiro, mesmo com o aumento das tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos.

Mudanças no Comércio

A competitividade das montadoras chinesas é impulsionada pela saturação do mercado interno na China, levando as empresas a buscarem novos mercados, como o Brasil. Lia Valls, pesquisadora da FGV Ibre, afirma que o Brasil deve importar cada vez mais bens de consumo, refletindo uma mudança estrutural no comércio. Além dos automóveis, houve aumento nas importações de celulares e eletrodomésticos, como ar-condicionados e geladeiras.

A China se tornou a maior fornecedora de refrigeradores para o Brasil, superando países como Coreia do Sul, México e Tailândia. As importações de bens de consumo não-duráveis, como produtos têxteis, também cresceram 40% no primeiro semestre de 2023. Apesar do aumento nas quantidades, o valor das importações caiu em todas as categorias, indicando que os produtos chineses estão chegando ao Brasil a preços mais baixos, dificultando a concorrência com as indústrias locais.

Com a crescente dependência do Brasil em relação às importações chinesas, a participação dos EUA na balança comercial brasileira tem diminuído. Em 2001, os americanos eram responsáveis por 23% das importações, enquanto a China continua a expandir sua presença no mercado brasileiro.

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