14 de jul 2025
Porto de Los Angeles registra recorde de movimentação de contêineres antes de tarifas
Importadores antecipam tarifas e elevam carga no Porto de Los Angeles, mas queda é esperada com novas taxas em agosto.

Allen J. Schaben | Los Angeles Times | Getty Images
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O Porto de Los Angeles alcançou seu melhor desempenho em junho em 117 anos, processando 892.340 TEUs (unidades equivalentes a vinte pés). Esse aumento é atribuído ao movimento de importadores que buscam antecipar as tarifas comerciais impostas pela administração de Donald Trump, especialmente as que incidem sobre produtos chineses. Com um prazo de vencimento para novas tarifas em agosto, a expectativa é que o volume de carga diminua nos próximos meses.
O aumento no tráfego de contêineres foi impulsionado pela tentativa de empresas de evitar tarifas que podem chegar a 45%. O diretor executivo do porto, Gene Seroka, destacou que, embora o número de contêineres tenha aumentado em 8% em relação ao ano anterior, isso não deve ser interpretado como um surto, mas sim como um efeito de antecipação das tarifas. Ele alertou que, com a implementação das novas tarifas, a carga deve cair significativamente entre agosto e novembro, conforme previsão da National Retail Federation.
Importadores enfrentam custos crescentes devido à combinação de tarifas sobre produtos da China e taxas adicionais sobre aço inoxidável. Bobby Djavaheri, presidente da Yedi Houseware, relatou que o custo de transporte de um carregamento de fritadeiras, por exemplo, saltou de R$ 1.500 a R$ 2.000 para R$ 40.000 a R$ 50.000. Além disso, muitos importadores estão reduzindo volumes e focando apenas em produtos essenciais, como itens para a volta às aulas.
Mudanças no Cenário Comercial
A recente pausa nas tarifas trouxe um alívio temporário, mas não suficiente para a maioria das remessas marítimas, que levam entre 20 e 30 dias para chegar aos EUA. Josh Allen, COO da ITS Logistics, afirmou que as empresas estão adaptando suas cadeias de suprimentos e buscando novas rotas de transporte. A diversificação da produção, como a realizada por Kim Vaccarella, fundadora da Bogg, visa mitigar os impactos das tarifas, embora a maioria dos insumos ainda venha da China.
A incerteza continua a pairar sobre o comércio internacional, especialmente com as novas tarifas planejadas por Trump para várias nações asiáticas e um acordo preliminar com o Vietnã que pode aumentar tarifas sobre produtos transacionados. A situação exige que as empresas se ajustem rapidamente, enquanto o setor logístico tenta se adaptar a um cenário em constante mudança.
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