15 de jul 2025
Escritórios buscam Pinheiros após alta de preços na Faria Lima
O mercado de lajes corporativas em São Paulo se recupera com absorção líquida de 22.490 m² e queda na vacância para 14,53%.

Edifício Biosquare, na Rebouças, em Pinheiros, está em construção e em breve vai abrigar a nova sede da Amazon (Foto: G.D8/Divulgação)
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O mercado de lajes corporativas em São Paulo apresenta sinais de recuperação em 2025, com uma absorção líquida de 22.490 metros quadrados no segundo trimestre. O levantamento da Cushman & Wakefield, divulgado pela Exame, destaca que a taxa de vacância caiu para 14,53%, a menor desde o início da série histórica.
A região de Pinheiros foi a principal responsável pelo desempenho positivo, absorvendo 9.304 metros quadrados e revertendo resultados negativos do trimestre anterior. Outras áreas como Berrini e Chucri Zaidan também mostraram crescimento, com 7.950 e 5.319 metros quadrados, respectivamente. Em contrapartida, a Faria Lima registrou uma retração de 3.373 metros quadrados, o que pode indicar uma realocação de inquilinos devido aos altos preços de locação.
Tendências de Vacância e Preços
A taxa de vacância em regiões consolidadas caiu 0,74 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 3,23 pontos na comparação anual. A região de Rebouças destacou-se com uma vacância reduzida de 11,23% para 2,04%. O preço médio de locação subiu 4,9%, alcançando R$ 146,13 por metro quadrado, refletindo a crescente demanda por edifícios de alta qualidade.
Alessandro Estevam, gestor de portfólios da Kinea, observa que a Faria Lima se tornou uma área cara e com pouca disponibilidade, o que intensifica a concorrência em Pinheiros. A Kinea possui 70% de participação no Biosquare, um empreendimento em construção na Rebouças que terá a Amazon como locatária a partir de 2026.
Expectativas Futuras
A Faria Lima continua a ter o preço de locação mais alto da cidade, com R$ 297,51 por metro quadrado. A região da JK apresentou o maior aumento, com uma alta de 7,8% para R$ 275,70. Por outro lado, a Marginal Pinheiros viu uma nova queda nos preços, agora com o segundo menor valor médio de São Paulo, R$ 84,26.
A expectativa é que a absorção líquida em Pinheiros continue a crescer. Renato Almeida, líder de escritórios da Cushman & Wakefield, afirma que o Biosquare entrará no mercado já 100% ocupado, o que não impactará a vacância da região. A Amazon, atualmente ocupando 20 mil metros quadrados na Vila Olímpia, passará a ocupar quase 40 mil metros quadrados no novo empreendimento.
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