Tarifa de Trump elevará preços de Big Mac e Starbucks nos EUA, alertam entidades

Representantes do agronegócio brasileiro expressaram preocupações sobre o impacto do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em produtos brasileiros. Durante reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na terça-feira, 15, foi destacado que essa medida pode encarecer itens como café e carne nos EUA, afetando diretamente as exportações do Brasil.

O presidente da Associação Brasileira de Indústria do Café, Pavel Cardoso, ressaltou que 76% dos americanos consomem café, sendo que 35% desse total provém do Brasil. Isso significa que o preço do café em cadeias como a Starbucks pode aumentar. Já Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), informou que frigoríficos estão suspendendo a produção de carne destinada aos Estados Unidos, que é o segundo maior comprador do produto brasileiro.

Consequências Diretas

Perosa destacou que 30 mil toneladas de carne, que representam US$ 160 milhões em exportações, podem ser afetadas pelas novas tarifas. Ele mencionou que as empresas brasileiras estão em negociações com importadores norte-americanos e sugeriu ao governo que busque uma prorrogação para a implementação das tarifas. Ao ser questionado sobre o impacto no preço do Big Mac, famoso sanduíche do McDonald's, Perosa foi claro: "Nos Estados Unidos, com certeza".

As medidas de Trump podem gerar um efeito cascata, não apenas encarecendo produtos, mas também afetando a dinâmica do comércio entre Brasil e EUA. O agronegócio brasileiro, já vulnerável a desafios comerciais, agora enfrenta mais um obstáculo que pode comprometer suas exportações e a competitividade no mercado internacional.