15 de jul 2025
Trump desafia princípios do liberalismo ao adotar táticas de Rússia e China
Trump ameaça tarifas ao Brasil, ligando comércio a questões políticas internas e desafiando normas do liberalismo econômico.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Foto: Jim Watson/AFP)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou o uso de tarifas como uma ferramenta de coerção política, ameaçando o Brasil com tarifas que refletem uma nova abordagem nas relações comerciais. Essa mudança ocorre em um contexto onde os EUA, historicamente, mantinham uma separação entre política e comércio, promovendo um modelo liberal de relações internacionais.
Recentemente, Trump anunciou tarifas de 50% sobre o cobre e 25% sobre produtos do Japão e Coreia do Sul, além de ameaçar o Brasil, país com o qual os EUA têm um superávit comercial. Essa estratégia visa não apenas questões econômicas, mas também busca alinhar países a interesses políticos dos EUA. A mensagem é clara: o comércio agora está ligado a alinhamentos políticos, e não apenas a regras comerciais.
A nova política tarifária dos EUA, que elevou a taxa média de tarifas de 2% para 17%, a mais alta desde a década de 1930, levanta preocupações sobre a confiança nos acordos comerciais. A Casa Branca justifica as tarifas como uma forma de pressionar o Brasil em relação a questões internas, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa abordagem, que ignora o princípio da reciprocidade, pode ter consequências negativas para a posição dos EUA no comércio global.
Implicações Econômicas e Geopolíticas
O uso de tarifas como arma política pode prejudicar o crescimento econômico e os padrões de vida nos EUA. A fragmentação geopolítica, como estratégia econômica, pode resultar em danos significativos aos interesses americanos. A pressão sobre o governo dos EUA para reconsiderar essa abordagem aumenta, especialmente entre os republicanos no Congresso, que compartilham preocupações sobre a política tarifária.
A mudança na postura dos EUA, que se afasta do modelo liberal de comércio, marca um ponto de inflexão nas relações internacionais. O comércio, que deveria ser um terreno de cooperação, torna-se um campo de disputa e intimidação. Essa nova lógica, onde tudo é moeda de troca, desafia as premissas centrais do liberalismo, que defendiam a separação entre política e economia.


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