Investigação sobre acidente da Air India foca em botão de corte de combustível

As investigações sobre o acidente com o Boeing 787 da Air India, que resultou na morte de 241 pessoas, avançam com foco nos interruptores de corte de combustível. Um relatório preliminar revelou que esses interruptores foram acionados quase simultaneamente logo após a decolagem, levando à queda da aeronave. Apesar das preocupações, tanto a Boeing quanto a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) afirmam que os interruptores são seguros.

Em resposta ao acidente, a Diretoria Geral de Aviação Civil (DGCA) da Índia ordenou que todas as companhias aéreas realizem inspeções obrigatórias nos interruptores de combustível até 21 de julho. A medida foi tomada após a investigação inicial indicar falhas nos mecanismos de segurança. O relatório da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia (AAIB) destacou que a Air India não seguiu uma recomendação da FAA de 2018, que sugeria, mas não tornava obrigatória, a verificação dos mecanismos de bloqueio.

Detalhes do Acidente

O Boeing 787-8 seguia de Ahmedabad para Londres quando caiu. O relatório indicou que, ao atingir a velocidade máxima, os interruptores de combustível mudaram de RUN para CUTOFF em um intervalo de 0,1 segundo. Um dos pilotos questionou o corte de combustível, ao que o outro respondeu que não havia feito tal ação. A situação se agravou rapidamente, levando à transmissão de um MAYDAY antes do impacto.

A Associação de Pilotos Comerciais da Índia defendeu a tripulação, afirmando que os pilotos agiram conforme o treinamento. A investigação continua para determinar se houve falha técnica, erro humano ou uma combinação de fatores. A Air India já iniciou inspeções em sua frota de 33 aviões 787, sem encontrar problemas até o momento.

Reações e Medidas de Segurança

O acidente gerou reações em diversos setores, com a Coreia do Sul considerando inspeções semelhantes em suas aeronaves Boeing. A segurança das operações aéreas é uma prioridade, e as investigações seguem em andamento. O histórico recente de problemas com aeronaves da Boeing, incluindo a suspensão do 737 Max, intensifica o escrutínio sobre a segurança e a responsabilidade das companhias aéreas em seguir recomendações de segurança.