17 de jul 2025
Israel intensifica ataques na Síria em meio a tensões com os drusos
Conflitos sectários em Suweida geram 300 mortes e provocam intervenção militar de Israel, aumentando a tensão na Síria.

Como um dia de bombardeios se desenrolou em Damasco (Foto: Getty Images)
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Conflitos sectários na Síria resultam em 300 mortes e intervenção israelense
Uma nova onda de violência sectária na Síria deixou pelo menos 300 mortos em Suweida, após o sequestro de um comerciante da minoria Druze. Os confrontos, que começaram em 13 de julho, envolveram milícias druzas e combatentes beduínos sunitas. A situação se agravou com a intervenção militar de Israel, que afirmou proteger a minoria Druze e atacar forças pró-governo acusadas de agressões.
Os combates em Suweida são os mais intensos desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024. A província, predominantemente Druze, já havia enfrentado confrontos em abril e maio, que resultaram em dezenas de mortes. A violência atual reacendeu temores sobre a segurança no país, que ainda se recupera dos efeitos de mais de uma década de guerra civil.
Intervenção israelense e reações internacionais
Israel intensificou seus ataques aéreos, visando não apenas as forças de segurança sírias, mas também alvos estratégicos em Damasco. Em 15 de julho, Israel atacou a sede do Ministério da Defesa sírio, um movimento que representa a escalada mais significativa desde o final de 2024. O governo sírio condenou os ataques, mas também enfrenta acusações de agressões contra a comunidade Druze.
A resposta internacional foi rápida, com vários países árabes, incluindo Arábia Saudita e Irã, condenando as ações israelenses. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, expressou preocupação com a situação e anunciou que medidas seriam tomadas para conter a violência. A ONU também criticou os ataques, destacando a fragilidade da segurança na Síria.
Desafios para o novo governo sírio
O atual líder sírio, Ahmed al-Sharaa, ex-jihadista, prometeu proteger as minorias do país. No entanto, a resistência da comunidade Druze à presença do governo e sua recusa em se integrar ao exército sírio complicam a situação. As milícias locais têm sido a principal linha de defesa para os Druzes, que representam cerca de 3% da população síria.
A escalada da violência e a intervenção israelense levantam questões sobre a capacidade do novo governo de estabelecer controle e promover a reconciliação em um país marcado por divisões sectárias profundas. A situação continua a evoluir, com riscos de novos confrontos e uma possível deterioração da segurança em toda a região.
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