Cientista Nobel de Física se opõe às evidências das mudanças climáticas

John Clauser, ganhador do Nobel de Física, gera polêmica ao afirmar que não há crise climática. Durante um evento em Baltimore, Clauser, de 80 anos, desafiou o consenso científico, alegando que as mudanças climáticas são um "embuste" promovido por uma "conspiração global". Sua declaração alarmou especialistas e levantou questões sobre sua credibilidade.

O evento foi organizado pela Coalizão Depósito da Fé, que reúne diversas organizações católicas. Clauser, que se descreveu como um "negacionista climático", apresentou uma visão contrária à maioria dos cientistas, que alertam sobre os riscos do aquecimento global. Ele afirmou que a temperatura da Terra é influenciada pela cobertura de nuvens, não pelas emissões de dióxido de carbono.

Cientistas renomados criticaram suas afirmações. Michael Mann, da Universidade da Pensilvânia, classificou os argumentos de Clauser como "pseudociência". Andrew Dessler, da Texas A&M University, concordou, afirmando que as nuvens amplificam o aquecimento. Apesar das críticas, Clauser se manteve firme em suas convicções, citando sua experiência em física quântica como base para seu ceticismo.

A influência de negacionistas climáticos tem diminuído, mas Clauser se destaca como uma voz proeminente nesse debate. Ele não possui publicações revisadas por pares sobre o tema e sua participação em eventos relacionados à ciência climática tem sido limitada. Recentemente, um seminário que ele organizou foi cancelado, refletindo a resistência que enfrenta na comunidade científica.

Embora Clauser afirme não receber financiamento de empresas de combustíveis fósseis, sua posição levanta preocupações sobre a disseminação de desinformação. A maioria dos cientistas concorda que a inação em relação às mudanças climáticas pode resultar em consequências devastadoras para as futuras gerações.