14 de jul 2025
Extinções em massa moldam a evolução da vida terrestre e marinha ao longo do tempo
Pesquisas recentes revelam que algumas plantas sobreviveram à extinção do final do Permiano em áreas úmidas, desafiando a visão tradicional sobre as extinções em massa.

Foto: Reprodução
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As extinções em massa são eventos que resultam na perda rápida de biodiversidade, com cinco grandes extinções reconhecidas ao longo do Éon Fanerozoico. Pesquisas recentes, no entanto, questionam a uniformidade desses eventos entre ambientes marinhos e terrestres, sugerindo que algumas plantas conseguiram sobreviver à extinção do final do Permiano em "zonas de refúgio".
Estudos realizados por cientistas, como Hendrik Nowak e Spencer Lucas, indicam que as extinções em massa podem não ter afetado igualmente os ecossistemas marinhos e terrestres. Nowak, da Universidade de Nottingham, analisou a diversidade de plantas terrestres e concluiu que, apesar de uma redução, não houve um evento de extinção em massa significativo na terra durante o final do Permiano. Lucas, do Museu de História Natural do Novo México, revisou evidências e encontrou poucas provas de que as extinções marinhas ocorreram simultaneamente às terrestres, exceto possivelmente no final do Cretáceo.
Novos dados do noroeste da China revelam que algumas plantas conseguiram resistir à grande extinção do final do Permiano, encontrando abrigo em áreas úmidas e estáveis. Essas "zonas de refúgio" funcionaram como botes salva-vidas, permitindo que ecossistemas terrestres se mantivessem durante a crise. A hipótese sugere que esses refúgios foram cruciais para a rápida diversificação da flora na era Mesozoica.
A ausência de evidências de extinções em massa terrestres pode ser atribuída ao registro fóssil limitado e à maior resistência dos organismos terrestres. Independentemente da magnitude das extinções, o estudo das Cinco Grandes oferece insights valiosos sobre a resiliência dos ecossistemas diante de mudanças ambientais. Essas investigações ajudam a entender como a vida se recupera após crises e os tempos necessários para a recuperação da biodiversidade.
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