15 de jul 2025
Prosa e pau: a arte de contar histórias com autenticidade e emoção
MST critica lentidão do governo Lula em assentar famílias, apesar da criação do Assentamento Resistência Camponesa em Cascavel.

João Pedro Stédile discursando ao lado de autoridades em Cascavel (PR): "É uma vergonha", disse o líder sem-terra, sobre a política de assentamentos do governo Lula (Foto: Leandro Taques)
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No dia 8 de fevereiro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) celebrou a criação do Assentamento Resistência Camponesa em Cascavel, Paraná. A área, ocupada há 26 anos, agora abriga 76 famílias com títulos de propriedade. A conquista é simbólica, sendo a primeira do MST sob o governo Lula e localizada no município onde o movimento foi fundado.
Cerca de mil manifestantes marcharam até o assentamento, vestindo vermelho e empunhando bandeiras do MST. Durante a cerimônia, lideranças do movimento e autoridades locais discursaram sobre a importância da reforma agrária. Gleisi Hoffmann, secretária de Relações Institucionais, destacou os desafios enfrentados pelo governo Lula, que herdou um Incra "desconstruído" e um Ministério da Agricultura "arruinado".
Entretanto, a celebração foi marcada por críticas à lentidão do governo em assentar famílias. João Pedro Stédile, um dos fundadores do MST, expressou descontentamento, afirmando que a única área revertida à reforma agrária é "uma vergonha". Ele pediu mobilização e ocupações em massa, ressaltando que o governo precisa agir com mais determinação.
O MST tem enfrentado dificuldades desde a posse de Lula, com a lentidão na implementação de políticas de reforma agrária. Dados recentes indicam que apenas 3.353 famílias foram assentadas em áreas tradicionais do MST desde o início do governo. O movimento, que representa cerca de 1 milhão de famílias, aguarda um compromisso mais firme do governo para atender as demandas.
Após a celebração, Lula fez um aceno ao MST em um evento em Campo do Meio, onde anunciou o assentamento de 12.297 famílias e a desapropriação de 13,3 mil hectares. Apesar disso, Stédile e outros líderes do MST consideram as medidas insuficientes e pedem uma abordagem mais radical para resolver a questão agrária no Brasil.
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