15 de jul 2025
Irã detém cristão deportado da Turquia por ligação a igreja clandestina
Mehran Shamloui enfrenta incerteza após ser deportado ao Irã e condenado a mais de dez anos de prisão por atividades religiosas.

Mehran Shamloui se converteu do islamismo para o cristianismo. (Foto: churchinchains)
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Mehran Shamloui, um cristão iraniano convertido, enfrenta uma situação crítica após ser deportado de volta ao Irã. Ele havia fugido do país no início de 2023, buscando escapar de uma sentença de mais de dez anos de prisão por atividades religiosas. Detido na Turquia, foi enviado de volta a Mashhad, onde imediatamente foi capturado pelas forças de segurança iranianas.
Em março de 2024, Shamloui foi condenado por um Tribunal Revolucionário a mais de dez anos de prisão e a uma multa superior a 250 milhões de tomans (aproximadamente R$ 15.750,00). As acusações incluem “propaganda contra a lei islâmica” e “vínculo com grupo de oposição”, refletindo a repressão do governo iraniano contra a prática do cristianismo. Sua pena também inclui onze anos de suspensão de direitos sociais, como acesso ao trabalho e à educação.
Shamloui foi um dos três cristãos detidos em novembro de 2024 durante operações em residências cristãs em Teerã. Junto a ele, estavam Abbas Soori e Narges Nasri, que enfrentaram interrogatórios severos na notória prisão de Evin. Em dezembro, os três obtiveram liberdade provisória mediante fiança, mas seus julgamentos estão agendados para fevereiro de 2025.
Situação Atual
A situação de Shamloui se complicou após a rejeição de seu recurso em abril de 2025. O paradeiro dele é incerto, especialmente após um bombardeio na prisão de Evin em junho, que resultou na transferência dos detentos. O governo iraniano considera as igrejas domésticas uma ameaça à sua ideologia, e, apesar da repressão, o número de conversões ao cristianismo continua a crescer no país.
O Irã ocupa a nona posição na Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas, evidenciando os altos níveis de hostilidade enfrentados pelos cristãos. Para muitos, as igrejas domésticas são o único espaço seguro para praticar sua fé, enquanto o governo intensifica a repressão contra essas comunidades.
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