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10 de jul 2025

DNA milenar revela as origens dos cães únicos da Groenlândia

Estudo genômico revela que Qimmit, cães da Groenlândia, têm baixa ancestralidade com lobos e pouca influência genética europeia.

Apesar de sua aparência semelhante à de lobos, os cães da Groenlândia não possuem níveis especialmente altos de DNA de lobo. (Foto: Arterra/Universal Images Group via Getty)

Apesar de sua aparência semelhante à de lobos, os cães da Groenlândia não possuem níveis especialmente altos de DNA de lobo. (Foto: Arterra/Universal Images Group via Getty)

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Qimmit: A Nova Revelação Genômica dos Cães da Groenlândia

Um estudo genômico recente revelou que os cães da Groenlândia, conhecidos como Qimmit, não possuem altos níveis de ancestralidade com lobos, desafiando a crença popular. Publicada em julho de 2023 na revista Science, a pesquisa analisou a ancestralidade genética desses cães, que têm uma história de convivência com os povos Inuit há quase mil anos.

Os Qimmit, utilizados tradicionalmente para puxar trenós em ambientes nevados, enfrentam uma drástica diminuição populacional. O número de cães caiu de 25 mil em 2002 para apenas 13 mil em 2020, devido a fatores como a urbanização e a competição com veículos motorizados. A coautora do estudo, Tatiana Feuerborn, destacou a importância da relação entre os Inuit e seus cães, afirmando que suas histórias estão intrinsecamente ligadas.

Descobertas Surpreendentes

Os pesquisadores coletaram amostras de DNA de restos de cães antigos, com até 800 anos, e compararam com amostras de Qimmit vivos. Apesar das dificuldades na preservação do DNA, a equipe conseguiu sequenciar 92 genomas modernos e antigos. Um dos achados mais surpreendentes foi a ausência de ancestralidade recente de lobos nos Qimmit, mesmo com sua aparência semelhante. Feuerborn expressou surpresa ao não encontrar evidências de hibridização entre cães e lobos, como era amplamente acreditado.

Além disso, a pesquisa indicou que os Qimmit têm pouca influência genética europeia, sendo mais relacionados a raças como huskies e malamutes, que têm origem no Nordeste Asiático. Kelsey Witt Dillon, geneticista da Universidade Clemson, também se mostrou surpresa com a limitação do fluxo gênico europeu nos cães, mesmo após o contato com europeus.

Preservação da Espécie

As descobertas do estudo não apenas desafiam noções preconcebidas sobre a ancestralidade dos Qimmit, mas também oferecem insights valiosos para a preservação da raça. Com a população em declínio, a pesquisa pode ajudar a entender melhor a diversidade genética e as necessidades dos cães da Groenlândia, contribuindo para a sua conservação em um ambiente em rápida mudança.

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