16 de jul 2025
Inteligência artificial transforma a acessibilidade digital além dos chatbots
Inteligência artificial transforma a tecnologia assistiva, promovendo autonomia digital e comunicação para pessoas com deficiência no Brasil.

Dois anos depois, Meta mantém vivos ideais do antigo Twitter com Threads integrado ao Fediverse (Foto: Reprodução)
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A tecnologia assistiva tem avançado significativamente, especialmente com a integração da inteligência artificial (IA), que transforma a vida de pessoas com deficiência. Um exemplo notável é o dispositivo Colibri, que permite a autonomia digital a indivíduos com limitações de mobilidade. A ex-ginasta olímpica Laís Souza, que ficou tetraplégica após um acidente em 2013, utiliza um sensor fixado nos óculos para navegar em seu celular. Com esse sistema, cada leve movimento de sua cabeça se traduz em comandos na tela, permitindo que ela acesse redes sociais, responda mensagens e assista a vídeos com facilidade.
A tecnologia assistiva, antes focada em adaptações físicas como rampas e elevadores, agora se expande para o mundo digital. A IA possibilita soluções personalizadas que reconhecem gestos e expressões faciais, facilitando a interação. O Colibri, por exemplo, evita cliques acidentais ao aprender o padrão de movimentos do usuário, proporcionando uma experiência mais fluida e independente. Adriano Assis, da TiX, desenvolvedora do Colibri, destaca que essa tecnologia devolve a escolha e a autonomia para quem enfrenta barreiras de mobilidade.
Outro avanço importante é a reconstrução da fala por meio da IA. Pessoas que perderam a voz, como Elaine Luzia dos Santos, podem usar gravações antigas para criar uma voz digital que imita seu timbre e entonação. Esse tipo de tecnologia não apenas devolve a capacidade de se comunicar, mas também a identidade da pessoa. Com o mercado de IA projetado para crescer significativamente, a democratização do acesso a essas inovações é essencial. A TiX, por exemplo, oferece o Colibri por meio de um modelo de assinatura acessível.
Entretanto, especialistas alertam que o preço não é o único desafio. A tecnologia assistiva deve ser universal, personalizada e ética. André Santos, da Campsoft, enfatiza a importância de equilibrar soluções automatizadas com a presença de narradores humanos em audiolivros, por exemplo. Com mais de 17 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, a IA pode ser uma ferramenta poderosa para inclusão, mas não resolve desigualdades históricas. É fundamental que a tecnologia amplie a autonomia e a participação social, permitindo que cada indivíduo decida como viver.
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