17 de jul 2025
IA se torna terapeuta para profissionais, revela estudo da Universidade de Harvard
Estudo revela que a inteligência artificial generativa preenche vazio emocional no trabalho, oferecendo suporte emocional e orientação.

Inteligência Artificial como terapeuta: confira as oportunidades e os riscos para o RH (Foto: demaerre/Getty Images)
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Um estudo da Harvard Business Review, publicado em abril de 2025, revelou que a inteligência artificial generativa está sendo amplamente utilizada para terapia e autoconhecimento, em vez de produtividade ou marketing. Essa mudança reflete um vazio emocional que muitos profissionais buscam preencher, especialmente no ambiente corporativo.
A pesquisa, intitulada How People Are Really Using Gen AI, analisou cem casos discutidos em fóruns como o Reddit. O estudo questiona o que as pessoas esperam encontrar na IA que não conseguem obter em suas interações humanas. Os resultados indicam que muitos buscam escuta sem julgamento, clareza emocional e orientação em momentos de incerteza, questões frequentemente não atendidas nas relações de trabalho.
Mudança de Comportamento
Em 2020, o estudo AI at Work: Global Study Vol. 2 já sinalizava que a relação entre humanos e máquinas ia além da automação. Na época, 68% dos entrevistados preferiam conversar com chatbots sobre estresse do que com seus gestores. Quatro em cada cinco aceitariam um robô como conselheiro emocional, e 75% relataram melhorias na saúde mental devido à IA.
A pesquisa de 2025 destaca que a IA pode ampliar o suporte emocional nas empresas, especialmente em contextos onde o cuidado é limitado. Ferramentas com sensibilidade emocional podem monitorar o clima organizacional, detectar padrões de estresse e oferecer intervenções personalizadas.
Desafios Éticos
Entretanto, a coleta de dados emocionais levanta questões sobre privacidade e responsabilidade ética. As empresas devem garantir que o uso de dados sensíveis seja transparente e orientado por propósitos claros. Além disso, a dependência da tecnologia pode criar uma cultura de isolamento, substituindo conexões humanas por interações com algoritmos.
A presença de ferramentas digitais voltadas ao bem-estar pode dar a impressão de que as empresas estão cuidando da saúde emocional de seus colaboradores. Contudo, se essas ações não estiverem integradas a uma cultura de confiança e apoio real, podem resultar em frustração e desengajamento. A tecnologia deve ser uma aliada, complementando ações humanas, e não um atalho para evitar conversas difíceis.
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