Cientistas revelam como é possível sentir cores e ver sabores na percepção humana
Paul Auster revela a conexão entre a sinestesia de Stephen Crane e a poesia simbolista, ampliando a compreensão da percepção sensorial na literatura.

O escritor Paul Auster passeando por Brooklyn, Nova York (Estados Unidos). (Foto: Timothy Fadek / Corbis / Getty Images)
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Paul Auster lança biografia de Stephen Crane explorando a sinestesia
O renomado autor Paul Auster lançou La llama inmortal de Stephen Crane, uma biografia abrangente que se destaca por suas quase mil páginas. A obra, publicada em espanhol pela editora Booket, oferece uma análise detalhada da vida e obra de Crane, famoso por seu livro "A Insígnia Vermelha da Coragem".
Um dos episódios mais intrigantes narrados por Auster envolve uma experiência de sinestesia vivida por Crane. Durante um passeio em Brooklyn, o autor associou um grito de um marinheiro a uma cor, exclamando: “Que voz tão verde!”. Essa percepção sensorial, que combina diferentes modalidades, é um exemplo clássico de sinestesia, um fenômeno que permite a interligação de sentidos, como ver sons ou sentir cores.
Sinestesia na literatura
Auster relaciona a experiência de Crane com a obra de poetas simbolistas, como Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire. Rimbaud, em seu poema "Vocales", atribui cores a cada vogal, enquanto Baudelaire, em "Correspondências", fala sobre conexões sensoriais entre diferentes elementos. Esses poetas utilizaram a sinestesia como um recurso expressivo, ampliando a percepção estética na literatura.
O conceito de sinestesia, que remonta a estudos do início do século XIX, foi formalmente nomeado pela psicóloga Mary W. Calkins em 1895, ano em que Crane publicou sua obra mais famosa. Essa intersecção entre ciência e literatura revela como a percepção sensorial pode enriquecer a experiência artística e a compreensão da realidade.
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