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17 de jul 2025

Estudo revela que injeção preventiva do HIV pode custar R$ 140 no Brasil

Lenacapavir pode ser produzido por apenas 25 dólares ao ano, mas Brasil não participa de acordos de licenciamento da Gilead.

EUA aprovam 1ª injeção semestral que impede infecção pelo HIV. (Foto: Gilead)

EUA aprovam 1ª injeção semestral que impede infecção pelo HIV. (Foto: Gilead)

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Um estudo publicado na revista The Lancet revela que o lenacapavir, um medicamento injetável para prevenção do HIV, poderia ser produzido por apenas 25 dólares ao ano, enquanto a farmacêutica Gilead Sciences cobra mais de 28 mil dólares nos Estados Unidos. O lenacapavir, aprovado em junho de 2023 pela FDA, é a primeira opção injetável de longa duração, com aplicações a cada seis meses, e ainda não possui aval da Anvisa no Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso do lenacapavir, destacando sua eficácia de quase 100% em estudos clínicos. O medicamento é considerado uma alternativa promissora à profilaxia pré-exposição (PrEP) oral, que exige adesão diária e pode ser desafiadora para muitos usuários. O professor Andrew Hill, da Universidade de Liverpool, enfatiza que a acessibilidade do lenacapavir é crucial para a eliminação das infecções por HIV.

Os pesquisadores estimaram que, com produção em larga escala, o custo do lenacapavir poderia cair para 25 dólares por pessoa ao ano. No entanto, o Brasil não está incluído nos acordos de licenciamento da Gilead, que permite a produção de versões genéricas em 120 países. Essa exclusão foi criticada por Hill, que alertou que países com altas taxas de novas infecções estão sendo deixados de fora.

Os estudos clínicos demonstraram que o lenacapavir é mais eficaz do que a PrEP oral. Em um dos ensaios, nenhum dos 5,3 mil participantes que receberam o medicamento foi infectado, enquanto 55 diagnósticos ocorreram entre aqueles que usaram a PrEP oral. Outro estudo, com 3,3 mil participantes, também confirmou a superioridade do lenacapavir na prevenção do HIV.

Embora o lenacapavir represente um avanço significativo, sua implementação no Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta barreiras regulatórias e econômicas. A urgência em acelerar a avaliação do medicamento é evidente, pois a luta contra o HIV continua sendo uma realidade desafiadora no Brasil.

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