22 de jul 2025
Pressão arterial elevada: descubra outros fatores além do sal que influenciam
Estudo revela que 31,3% da população ignora riscos da hipertensão, enquanto nova diretriz europeia redefine pressão arterial normal.

Uma pessoa é hipertensa quando, repetidamente, apresenta pressão arterial igual ou superior a 14 por 9 (Foto: Grinny/Adobe Stock)
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A hipertensão arterial, condição que afeta cerca de 27,9% da população brasileira, é um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Dados do Ministério da Saúde indicam que, no Brasil, 388 pessoas morrem diariamente devido a complicações relacionadas à pressão alta. A nova diretriz europeia redefiniu a pressão arterial normal para 120 por 70 mmHg, alterando a classificação anterior de 120 por 80 mmHg.
Estudos revelam que 31,3% da população desconhece os riscos da hipertensão, o que pode agravar a situação. A hipertensão é frequentemente causada por fatores genéticos, estilo de vida e hábitos alimentares. O cardiologista Carlos Alberto Machado, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, destaca que 81,6% dos hipertensos atendidos em um ambulatório possuem histórico familiar da doença.
O consumo excessivo de sal, que deve ser limitado a 5 gramas diárias segundo a Organização Mundial da Saúde, é um dos principais responsáveis pela hipertensão. A média de consumo no Brasil é de 12 gramas, em grande parte devido aos alimentos ultraprocessados. O cardiologista Luiz Aparecido Bortolotto, do Instituto do Coração, explica que o sódio provoca retenção de líquidos, elevando a pressão arterial.
Além disso, o excesso de peso e a falta de atividade física são fatores que contribuem para a hipertensão. O estudo Framingham Heart Study aponta que o sobrepeso está associado a 26% dos casos de hipertensão em homens e 28% em mulheres. O estresse também desempenha um papel importante, liberando hormônios que aumentam a pressão arterial.
A hipertensão pode afetar qualquer faixa etária, mas 50% das pessoas acima de 64 anos são diagnosticadas com a condição. A aferição regular da pressão arterial é crucial, especialmente para aqueles com histórico familiar. A nova classificação de pressão arterial já está sendo adotada em consultórios brasileiros, enfatizando a necessidade de conscientização sobre os riscos associados à hipertensão.
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