24 de jul 2025
Lapônia enfrenta calor recorde e Papai Noel sente os efeitos da onda de calor
Lapônia registra onda de calor sem precedentes, com temperaturas acima de 30°C, afetando renas e turistas em busca do frio.

O termômetro na vila do Papai Noel, na Lapônia, esta semana marcou 33°C ao sol (Foto: BBC/Erika Benke)
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O verão na Lapônia, tradicionalmente frio, enfrenta uma onda de calor recorde, com temperaturas superando 30°C por 15 dias consecutivos. O fenômeno tem impactado tanto os rebanhos de renas quanto os turistas que esperavam um clima mais ameno.
A situação é inédita desde que os registros começaram em 1961. O Instituto Meteorológico Finlandês confirmou que, pela 14ª vez, a temperatura atingiu 30°C em alguma parte do país. Em Rovaniemi, a famosa vila do Papai Noel, a onda de calor levou o próprio Santa a se adaptar, evitando o sol intenso e buscando refresco em lagos apenas após as 18h.
A onda de calor é um alerta sobre as mudanças climáticas, que afetam a região do Ártico, aquecendo-a de quatro a cinco vezes mais rápido que o resto do planeta. O meteorologista Jaakko Savela destacou que, embora essa onda específica não seja diretamente causada por mudanças climáticas, elas influenciam as temperaturas atuais. O último registro de calor prolongado na Lapônia foi em 1972, com uma duração inferior a 14 dias.
Além de afetar os humanos, o calor extremo prejudica os rebanhos de renas, que buscam abrigo em áreas urbanas devido à presença de mosquitos. Especialistas sugerem que os pastores de renas podem precisar construir abrigos para proteger os animais do calor intenso.
Os turistas, que tradicionalmente visitam a Lapônia em busca de temperaturas mais frias, expressam confusão e desconforto. Muitos, como Silvia, de Praga, e Adita, de Londres, relatam que trouxeram roupas inadequadas para o calor inesperado. A situação levanta preocupações sobre o futuro do turismo na região, que sempre foi associada ao frio e à neve.
O clima atípico também gera incertezas sobre o futuro das invernos na Lapônia. Funcionários locais, como Elina, uma das ajudantes do Papai Noel, questionam se as ondas de calor se tornarão a nova norma. Para Santa, a necessidade de usar seu traje pesado em temperaturas elevadas é um desafio, levando-o a limitar suas atividades ao ar livre.
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