25 de jul 2025
Tartaruga Jorge percorre o Litoral Carioca em busca de seu lar ancestral
Jorge, a tartaruga marinha, inicia nova fase no oceano após 37 anos em cativeiro, enfrentando desafios de adaptação e conservação.

Jorge nadando em piscina com água salgada, durante o processo de reabilitação (Foto: Divulgação)
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Jorge, a tartaruga marinha que passou 37 anos em cativeiro, foi libertada no Oceano Atlântico em 11 de abril de 2025. Após uma jornada de 70 dias, ele chegou à Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, onde está sendo monitorado para garantir sua adaptação ao habitat natural.
Originária da Praia do Forte, na Bahia, Jorge viveu a maior parte de sua vida em aquários na Argentina, se tornando uma celebridade local. Resgatado em 1984, ele passou décadas em um tanque raso em Mendoza, onde sua dieta era composta principalmente por ovos cozidos e carne bovina. Nos últimos três anos, foi transferido para um espaço maior em Mar del Plata, onde passou por um processo de readaptação.
Desde sua libertação, Jorge está sob a supervisão do Grupo de Investigação de Mamíferos Marinhos, que utiliza um rastreador via satélite para monitorar seus movimentos. Após percorrer 3.500 quilômetros, ele chegou à Baía de Guanabara, onde a equipe do Projeto Aruanã está atenta aos riscos que a tartaruga enfrenta, como poluição e tráfego de embarcações.
A coordenadora do projeto, Suzana Guimarães, destacou a importância de conduzir Jorge para fora da baía, já que o local não é seguro para sua permanência. A equipe já se comunicou com comunidades locais e pescadores para alertá-los sobre a presença do animal. Em caso de avistamento, é fundamental manter distância e notificar a equipe do projeto.
O retorno de Jorge ao oceano representa um marco na conservação de tartarugas marinhas, uma espécie ameaçada de extinção. O projeto busca entender melhor o processo de reabilitação e conservação marinha, aproveitando a oportunidade única que a jornada de Jorge proporciona para a ciência.
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