26 de jul 2025
Terra pode ter mais de seis 'mini-luas' orbitando ao redor do planeta, afirmam cientistas
Estudo revela que a Terra abriga mini luas formadas por fragmentos da Lua, desafiando a visão tradicional sobre sua origem.

Mini-lua orbitará a Terra em setembro do ano passado (Foto: Josh Edelson / AFP)
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A Terra pode ter pelo menos seis mini-luas, segundo um novo estudo que desafia a crença de que o planeta possui apenas uma Lua. A pesquisa, divulgada nesta sexta-feira, foi realizada por cientistas de diversos países, incluindo Estados Unidos e Itália. Os pesquisadores descobriram que esses pequenos corpos celestes, com cerca de dois metros de diâmetro, são formados por fragmentos da Lua resultantes de impactos de asteroides.
Esses fragmentos, conhecidos como "ejetos lunares", podem ser lançados ao espaço durante colisões na superfície lunar e, em seguida, ficam presos ao campo gravitacional da Terra por períodos que variam de semanas a anos. Cerca de 18% dos objetos temporariamente ligados à Terra (TBOs) podem ser classificados como mini-luas, de acordo com o estudo publicado na revista Icarus. As simulações indicam que pelo menos 6,5 desses corpos estão em órbita ao redor da Terra a qualquer momento.
Nova Origem
Até recentemente, acreditava-se que esses objetos vinham principalmente do cinturão de asteroides. No entanto, a nova análise sugere que a origem é a própria Lua. O estudo focou em dois objetos recém-descobertos: Kamo'oalewa e 2024 PT5. Ambos apresentam características que indicam forte semelhança com a composição lunar, como a forma de refletir a luz e a presença de rochas ricas em silicatos.
Kamo'oalewa, identificado em 2016, tem entre 40 e 100 metros de diâmetro e é considerado um provável fragmento lunar. O 2024 PT5, descoberto em agosto do ano passado, foi apelidado de "segunda Lua temporária" da Terra, devido ao seu tamanho e proximidade com o planeta. Inicialmente classificado como asteroide, o corpo celeste revelou sinais compatíveis com rochas lunares.
Implicações da Pesquisa
Essas descobertas fortalecem o modelo do grande impacto, que sugere que a Lua se formou a partir de detritos resultantes de uma colisão entre a Terra e um corpo do tamanho de Marte há cerca de 4 bilhões de anos. Se confirmadas, as novas evidências podem revolucionar a compreensão sobre os corpos celestes que interagem com a Terra e oferecer pistas sobre a origem do sistema Terra-Lua.
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