28 de jul 2025
Mistura de hábitos saudáveis protege o cérebro e previne o Alzheimer
Estudo revela que intervenções simples e acessíveis melhoram a saúde cognitiva em adultos com risco de demência.

Atualmente, 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de doença neurodegenerativa, segundo a OMS (Foto: Andrii Zastrozhnov/Adobe Stock/Divulgação)
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Estudo US POINTER Confirma Benefícios de Intervenções no Estilo de Vida para a Saúde Cognitiva
Um novo estudo americano, US POINTER, divulgado na revista JAMA, confirma que intervenções no estilo de vida podem melhorar a saúde cognitiva em adultos com risco de demência. Realizado com mais de dois mil participantes entre 60 e 79 anos, o estudo foi apresentado na conferência internacional de Alzheimer em Toronto.
Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu uma intervenção estruturada, com encontros presenciais e atividades supervisionadas, enquanto o outro seguiu um modelo autoguiado, com suporte remoto. Ambos os grupos apresentaram melhorias em testes de memória, função executiva e velocidade de processamento, com o grupo estruturado alcançando uma média de 0,243 pontos de melhora por ano, enquanto o grupo autoguiado teve um aumento de 0,213 pontos.
A adesão de 89% no grupo autoguiado destaca a importância do engajamento nas intervenções. Os pesquisadores notaram que a melhora nas funções executivas, que são frequentemente afetadas no início da demência, sugere um potencial impacto positivo na saúde cerebral a longo prazo. A neurologista Claudia Suemoto, da USP, enfatiza que o estudo reforça achados anteriores do FINGER, que já mostrava a eficácia de uma combinação de dieta, exercícios e estímulos cognitivos.
Intervenções Acessíveis e Adaptadas
O estudo US POINTER não é um caso isolado; desde o FINGER, iniciativas semelhantes surgiram em diversos países, incluindo Brasil, onde a USP e a UFMG coordenam um projeto com adaptações locais. A pesquisa brasileira espera apresentar resultados em 2026, com foco em intervenções que respeitem a realidade cultural e econômica dos participantes.
Os pesquisadores ressaltam que, embora não exista uma solução mágica contra a demência, intervenções simples e acessíveis podem ter um impacto significativo na saúde do cérebro. A combinação de alimentação saudável, atividade física e estímulo cognitivo se mostra eficaz, independentemente da intensidade do acompanhamento. Isso sugere que políticas públicas podem se beneficiar de estratégias que promovam essas práticas de forma acessível e adaptada à população.
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