Pets de assistência emocional trazem benefícios para pessoas autistas

Nos últimos anos, a presença de animais de assistência emocional (AAE) tem se tornado cada vez mais reconhecida no Brasil, especialmente para pessoas com transtornos como ansiedade, depressão e autismo. Esses pets oferecem suporte emocional, melhorando a qualidade de vida de seus tutores.

A médica veterinária e influenciadora Leticia Alves compartilha sua experiência com seu cão Jackson, um Border collie que a auxilia em crises de pânico. Leticia, que possui diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), destaca que a função dos animais varia conforme as necessidades de cada indivíduo. “O propósito do animal é trazer conforto e segurança ao portador do espectro”, afirma.

Jackson passou por um treinamento específico para aprender a ajudar Leticia em momentos de crise. “Ele precisou morar fora de casa com o treinador para aprender os comandos necessários. O treinamento considerou suas particularidades, e ele se mostrou capaz de me ajudar”, explica. O impacto positivo da presença de Jackson é evidente, proporcionando tranquilidade em situações adversas.

A Importância dos Gatos

Além de cães, os gatos também têm ganhado destaque como animais de assistência emocional. Theo, filho de Leticia, é assistido pelo gato Olaf, que desempenha um papel crucial em momentos de agitação. “A tranquilidade de Theo aumenta quando Olaf está por perto. O convívio com os pets faz a diferença na qualidade de vida e no tratamento de transtornos neurológicos”, relata Leticia.

A presença de animais pode transformar a vida de pessoas com autismo. “Um animal treinado traz segurança e a certeza de que sempre haverá alguém ao seu lado, sem julgamentos”, conclui Leticia. O autismo, que afeta cerca de 2,4 milhões de brasileiros, tem recebido crescente atenção, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e da inclusão social.