Leões se adaptam e vivem nas cidades: histórias surpreendentes do Acervo O Globo
Leão Ulli escapa de zoológico em Niterói e é atraído de volta por pato, mas enfrenta fúria da companheira ao retornar à jaula.

Após ser recapturado, leão Ulli fica acuado com os rugidos da companheira Lisa no zoológico de Niterói (Foto: Jorge William / Agência O Globo)
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O leão Ulli, famoso morador do Jardim Zoológico de Niterói, escapou de sua jaula na manhã de quarta-feira, 23 de novembro de 1994. O incidente ocorreu após um tratador esquecer a porta aberta, permitindo que o felino explorasse as dependências do zoológico. Sem público presente, Ulli caminhou tranquilamente, deitou-se ao sol e não demonstrou agressividade, o que deixou os funcionários em estado de alerta.
A administração do zoológico acionou a polícia e uma equipe da Fundação RioZoo, que chegou equipada com tranquilizantes. No entanto, a captura do leão não foi necessária. Ulli foi atraído de volta à jaula por um pato, que foi preso em uma corda por um funcionário. Após abocanhar a refeição, o leão retornou ao seu espaço, mas não sem enfrentar a fúria de sua companheira, Lisa. Ao voltar, Ulli foi recebido com patadas e rugidos, sendo acuado no canto da jaula.
Esse episódio não é isolado na história do Rio de Janeiro. Durante as décadas de 1980 e 1990, era comum encontrar leões e outros animais exóticos em residências da Região Metropolitana, sem regulamentação adequada. Um exemplo é o leão King, que viveu em Jacarepaguá e chegou a pesar 170 quilos, mas foi mantido em um espaço reduzido à medida que crescia. Na época, a compra de filhotes de leão era acessível, e muitos ignoravam os riscos associados à posse de animais selvagens.
Atualmente, a criação de animais exóticos, como leões, requer autorização do Ibama, refletindo uma mudança nas normas de proteção animal. O caso de Ulli reaviva discussões sobre a responsabilidade na posse de animais silvestres e a necessidade de regulamentação mais rigorosa.
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