Vulcão na Rússia entra em erupção pela primeira vez em 450 anos após terremoto

O vulcão Kracheninnikov, na Península de Kamchatka, na Rússia, entrou em erupção pela primeira vez em 450 anos, emitindo uma coluna de cinzas que alcançou 6.000 metros de altura. O evento ocorreu poucos dias após um terremoto de magnitude 8,8, que provocou alertas de tsunami e a evacuação de milhões de pessoas ao longo do Pacífico, incluindo países como Japão, Havaí, México, Colômbia e Equador.

A erupção do Kracheninnikov, que se ergue a mais de 1.800 metros, foi confirmada pelo escritório local do Ministério de Situações de Emergência. A nuvem de cinzas se dispersou em direção ao Oceano Pacífico, mas não há áreas habitadas ou turistas em sua trajetória. A região, conhecida por sua intensa atividade sísmica, abriga cerca de 30 vulcões ativos e é um ponto de encontro entre as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte.

Contexto Histórico

A última erupção registrada do Kracheninnikov remonta a 1550, um período em que o Brasil ainda era uma colônia portuguesa e os Estados Unidos não existiam. A reativação do vulcão ocorre após a erupção do Kliuchevskoi, o vulcão mais alto da Eurásia, que também se manifestou na mesma região.

Os danos mais significativos do terremoto foram observados em Severo-Kurilsk, onde um tsunami devastou o porto e submergiu uma instalação pesqueira. Este terremoto é considerado o mais forte desde 2011, quando um tremor de magnitude 9,1 atingiu a costa do Japão, resultando em um tsunami que causou a morte de 15 mil pessoas.

A Península de Kamchatka, além de sua atividade vulcânica, é um destino popular para turistas que buscam explorar suas montanhas e parques naturais, repletos de vida selvagem, como ursos e salmões.