Hesitação vacinal compromete a saúde pública e aumenta riscos de doenças
Especialistas pedem diálogo e transparência para combater a hesitação vacinal e restaurar a confiança nas vacinas no Brasil

Vacina da gripe (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)
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A hesitação vacinal é um fenômeno complexo que vai além da desinformação, sendo influenciado por fatores sociais, culturais e a percepção de risco. Durante a 16ª edição do Congresso de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, especialistas destacaram a necessidade de uma abordagem multissetorial para enfrentar esse desafio, enfatizando o diálogo e a construção de confiança.
Os dados mostram que a decisão de vacinar está ligada à percepção de vulnerabilidade. Aqueles que se sentem em risco tendem a buscar a imunização, mesmo cientes de possíveis efeitos adversos. Por outro lado, a falta de percepção de risco pode levar à baixa adesão às vacinas, especialmente fora de surtos. A crise de confiança nos imunizantes no Brasil, exacerbada por discursos antivacina, tem raízes em experiências passadas e na falta de informação acessível.
Importância do Diálogo
Os especialistas ressaltam que informar não é suficiente; é crucial ouvir e entender as preocupações da população hesitante. Muitas vezes, essas pessoas são vítimas de um sistema que falhou em fornecer informações claras e acolhimento. O diálogo respeitoso, baseado em empatia, é fundamental para reconstruir a confiança nas vacinas.
A desinformação, especialmente durante a pandemia de Covid-19, contribuiu para a disseminação de conteúdos que distorcem a ciência. Artigos não revisados e informações errôneas continuam a circular nas redes sociais, alimentando a desconfiança. Exemplos históricos, como o estudo fraudulento de Andrew Wakefield, ainda impactam a percepção pública sobre vacinas.
Caminhos para a Solução
Os especialistas defendem que a construção de confiança deve ser uma prioridade. Isso envolve não apenas campanhas informativas, mas também a criação de sistemas que sejam transparentes e coerentes. A vacinação deve ser vista como um ato coletivo de proteção e solidariedade, essencial para a saúde pública.
A abordagem proposta no congresso sugere que a solução para a hesitação vacinal deve ser centrada nas pessoas, adaptando-se às suas necessidades e preocupações. Somente assim será possível restaurar a confiança nas vacinas e garantir a adesão da população.
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