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04 de ago 2025

Terremotos podem ameaçar a construção de bases na Lua, aponta novo estudo

Estudo revela que sismos moldaram a Lua, aumentando riscos para futuras missões e assentamentos permanentes no satélite

Pelo menos 3.600 pessoas morreram em um terremoto que atingiu Mianmar em 28 de março deste ano, com milhares de feridos (Foto: AFP)

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Movimentos sísmicos, e não impactos de meteoritos, foram identificados como os principais responsáveis pelas alterações na paisagem lunar no Vale Taurus-Littrow, local de pouso da Apollo 17 em 1972. Um estudo recente publicado na Science Advances alerta para as implicações dessa descoberta na segurança de futuras missões lunares.

Pesquisadores analisaram evidências geológicas do local onde os astronautas da Apollo 17 coletaram amostras, revelando que quedas de rochas e deslizamentos de terra foram provavelmente desencadeados por terremotos lunares. O coautor do estudo, Nicholas Schmerr, professor associado da Universidade de Maryland, destacou a dificuldade de medir a atividade sísmica na Lua, comparando-a com as medições realizadas na Terra.

Os cientistas estimaram que terremotos lunares com magnitudes em torno de 3,0 ocorreram repetidamente nos últimos 90 milhões de anos ao longo da Falha Lee-Lincoln, uma fratura geológica ativa. Esse padrão sugere que a falha pode ainda estar em atividade, o que deve ser considerado ao planejar a localização de assentamentos permanentes na Lua.

Risco Sismológico

O estudo também calculou o risco sísmico lunar, indicando uma chance de 20 a 30 milhões de um terremoto potencialmente prejudicial ocorrer em qualquer dia próximo a uma falha ativa. Embora essa probabilidade pareça baixa, Schmerr enfatizou que não deve ser ignorada ao planejar infraestrutura de longo prazo na superfície lunar.

Missões de curto prazo, como a Apollo 17, apresentavam riscos relativamente baixos, mas projetos de maior duração enfrentam uma exposição crescente. A possibilidade de um terremoto lunar perigoso aumenta significativamente com o tempo, passando de uma chance de 1 em 20 milhões para cerca de 1 em 5.500 em uma missão de dez anos.

Essas descobertas são particularmente relevantes para o programa Artemis da NASA, que visa estabelecer uma presença humana sustentada na Lua. Os pesquisadores alertam que futuras missões devem considerar não apenas os riscos da era Apollo, mas também a possibilidade de atividade sísmica contínua que pode afetar a segurança dos astronautas e a estabilidade das estruturas lunares.

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