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05 de ago 2025

Pitaya probiótica ativa gene que combate inflamações intestinais

Pesquisa da USP revela que a pitaya vermelha fermentada com probióticos pode revolucionar o tratamento de doenças intestinais e inflamatórias

Duas metades de pitaya vermelha colocadas em um prato azul, em cima de uma toalha branca. (Foto: USP Imagens)

Duas metades de pitaya vermelha colocadas em um prato azul, em cima de uma toalha branca. (Foto: USP Imagens)

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A pitaya vermelha, conhecida por seus benefícios à saúde, ganhou destaque em uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). O estudo revelou que a polpa da fruta, quando fermentada com probióticos, aumenta a expressão do gene ATG16L1, essencial para a regulação da autofagia, um processo celular que remove componentes danificados e previne inflamações.

Realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, a pesquisa utilizou as cepas probióticas Lacticaseibacillus paracasei F-19 e Bifidobacterium animalis BB-12. Os resultados mostraram que a fermentação da pitaya aumentou em duas vezes a expressão do gene ATG16L1 em células de câncer de cólon cultivadas em laboratório. Segundo a autora do estudo, Juliana Yumi Suzuna, essa ativação é crucial para a saúde celular e pode ajudar na prevenção de doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn.

Mecanismos Inovadores

Um achado importante foi que a ativação do gene ocorreu sem a participação do receptor de vitamina D, o VDR, que tradicionalmente é associado a esse tipo de regulação. Juliana explica que essa descoberta abre novas possibilidades para o uso de alimentos fermentados na promoção da saúde celular. O VDR, presente em quase todas as células do corpo, desempenha papéis importantes, como a regulação do sistema imunológico e a manutenção da integridade da barreira intestinal.

Além disso, a pesquisa destacou que a pitaya é rica em betacianinas e rutina, compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Estudos anteriores já indicavam que o extrato da fruta poderia reduzir lesões intestinais e marcadores inflamatórios. A fermentação também resultou em um aumento na estabilidade da betacianina, prolongando seu valor nutricional.

Aplicações Futuras

Os resultados da pesquisa podem impulsionar o desenvolvimento de alimentos funcionais com alto valor nutritivo. A professora Susana Marta Isay Saad, orientadora do estudo, ressalta que a pesquisa considerou o uso de probióticos em diferentes matrizes alimentares, ampliando as opções para dietas veganas e flexitarianas. A descoberta de novos mecanismos de ação dos alimentos fermentados pode contribuir significativamente para a saúde intestinal e a prevenção de doenças inflamatórias.

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