05 de jul 2025
Inteligência artificial revoluciona o mundo da arte com novas criações pictóricas
Inteligência artificial transforma o mercado de arte, mas especialistas alertam que a experiência humana ainda é essencial nas decisões de compra.

A obra de arte ‘CHOIR’ (2025), de Katharina Grosse, na edição de este ano de Art Basel. (Foto: Harold Cunningham/Getty Images)
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O mercado de arte contemporânea enfrenta desafios, como a geopolítica e a especulação, mas eventos como a Art Basel, realizada em junho de 2025, continuam a atrair colecionistas e galeristas. A Suíça se destaca como um refúgio seguro para transações artísticas, mesmo diante de crises globais.
Neste ano, a inteligência artificial começou a impactar o setor, permitindo que colecionistas acessem dados de preços de obras em tempo real. A plataforma MutualArt.com, por exemplo, utiliza IA para fornecer informações sobre preços de leilões, embora os preços de galerias não sejam incluídos. Isso deixa de fora artistas emergentes, cujos valores são definidos em negociações diretas entre galeristas e clientes.
Entre os colecionistas presentes, Jorge Pérez, um dos mais influentes da costa leste dos Estados Unidos, adquiriu 24 obras em Basileia, totalizando 643.904 dólares. Ele utiliza um aplicativo em seu celular para catalogar sua vasta coleção, que inclui centenas de peças. Pérez destaca que, embora a tecnologia ofereça dados valiosos, a decisão final deve ser guiada pela intuição e pelo conhecimento.
O Papel da Inteligência Artificial
A IA promete revolucionar a compra de arte, permitindo identificar e classificar obras de maneira inédita. Tal Yahav, diretor de produto da MutualArt.com, afirma que a tecnologia pode capturar a essência de uma obra, facilitando o acesso a informações históricas e de preços. Contudo, especialistas como Monica Heslington, do Goldman Sachs, alertam que a experiência humana continua sendo essencial na avaliação de obras.
Colecionadores como Paco Cantos utilizam plataformas digitais como Artsy, mas enfatizam que a decisão final é sempre pessoal. A IA pode ser uma ferramenta útil, mas não substitui a experiência e o conhecimento acumulados ao longo do tempo. A arte, afinal, envolve mais do que números e algoritmos; é uma expressão que transcende a matemática.
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