15 de jan 2025
Governo central se aproxima da meta fiscal em 2024, revela secretário do Tesouro
O governo brasileiro mantém meta fiscal de déficit zero para 2024, com tolerância de 0,25% do PIB. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, destaca que dados fiscais serão divulgados no final do mês. O relatório Prisma Fiscal indica melhora nas expectativas de déficit primário para 2025, reduzido de R$ 87,2 bilhões para R$ 84,2 bilhões. A relação da dívida bruta com o PIB também melhorou, passando de 82% para 81,2%. A renegociação das dívidas estaduais deve aliviar em R$ 20 bilhões anualmente os governos regionais.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Governo central se aproxima da meta fiscal em 2024, revela secretário do Tesouro
Ouvir a notícia
Governo central se aproxima da meta fiscal em 2024, revela secretário do Tesouro - Governo central se aproxima da meta fiscal em 2024, revela secretário do Tesouro
As contas do governo central em 2024 estão dentro da banda de tolerância da meta fiscal, conforme informou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. A meta para o resultado primário é de déficit zero, com uma tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a cerca de R$ 29 bilhões. Os dados oficiais do Tesouro sobre o acumulado do ano serão divulgados no final deste mês. Ceron destacou que o resultado foi favorecido pelo empoçamento de verbas, que totalizou quase R$ 20 bilhões.
Para 2025, o governo pretende focar no centro da meta de déficit zero, evitando o limite de tolerância. Ceron afirmou que o monitoramento da gestão fiscal é contínuo e que o Tesouro apoia iniciativas de ajuste quando necessário. O secretário também mencionou que a recente renegociação das dívidas dos Estados deve proporcionar um alívio anual de R$ 20 bilhões aos governos regionais, sem impactar o resultado primário do governo federal.
O relatório Prisma Fiscal, divulgado pelo Ministério da Fazenda, revelou uma melhora nas expectativas do mercado para o resultado primário em 2025, com a projeção de déficit reduzida de R$ 87,2 bilhões para R$ 84,2 bilhões. A expectativa para a dívida bruta do governo geral também apresentou uma variação positiva, caindo de 82% do PIB para 81,2% do PIB. Contudo, as previsões para 2024 indicam um aumento no déficit primário, passando de R$ 78,8 bilhões para R$ 79,3 bilhões.
O cenário fiscal continua a preocupar investidores, refletido na saída de R$ 24 bilhões de recursos externos da Bolsa de Valores em 2024, o pior resultado em nove anos. A taxa Selic, atualmente em 12,25%, eleva o custo de financiamento da dívida pública, gerando receios sobre a sustentabilidade fiscal a longo prazo. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou a possibilidade de mais duas altas de juros, aproximando a Selic de 15%, enquanto monitora atentamente os desenvolvimentos da política fiscal.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.