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30 de jan 2025

Governo central registra déficit de R$ 43 bilhões em 2024, mas cumpre meta fiscal

O governo federal registrou um déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024, 81% menor que em 2023. A arrecadação federal alcançou R$ 2,65 trilhões, um recorde histórico desde 1995. O déficit foi impactado por despesas extraordinárias, como calamidades no Rio Grande do Sul. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, destacou a melhora nas contas e o cumprimento da meta fiscal. Apesar da redução do déficit, o mercado permanece cético quanto à saúde fiscal do governo.

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As contas do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. Este valor representa 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) e é uma melhora significativa em relação ao déficit de R$ 228,5 bilhões registrado em 2023, o que equivale a uma redução de 81%. Apesar do resultado negativo, o governo cumpriu a meta fiscal, que permitia um déficit de até 0,25% do PIB, ou R$ 28,8 bilhões. A arrecadação federal alcançou um recorde de R$ 2,65 trilhões, contribuindo para a melhora das contas públicas.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que o resultado de 2024 é "substancialmente inferior" às previsões do mercado, que esperavam um déficit superior a 0,5% do PIB. O governo também excluiu do cálculo da meta fiscal despesas extraordinárias, como aquelas relacionadas a calamidades no Rio Grande do Sul, resultando em um déficit ajustado de R$ 11 bilhões. As despesas totais caíram 0,7%, enquanto a receita líquida aumentou 8,9% em termos reais.

Além disso, o governo implementou um pacote de cortes de gastos, incluindo a limitação do crescimento do salário mínimo e mudanças no acesso a benefícios sociais. Essas medidas visam garantir a sustentabilidade fiscal e um impacto estimado de R$ 70 bilhões em 2025 e 2026. O cenário fiscal, no entanto, continua a gerar desconfiança entre economistas, que apontam a necessidade de um superávit primário de 2,5% a 3% do PIB para estabilizar a dívida pública.

A dívida pública brasileira, que já alcançou 77,7% do PIB, deve continuar a crescer, com projeções que indicam um aumento para 93% do PIB até 2032. A combinação de crescimento das despesas e elevação da taxa de juros pelo Banco Central, atualmente em 13,25% ao ano, complica ainda mais a situação fiscal. O governo busca zerar o déficit em 2025, mas os desafios permanecem, especialmente com a pressão inflacionária e a necessidade de ajustes fiscais mais profundos.

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