Vendas de veículos eletrificados crescem 85% em 2024, com recorde histórico no Brasil

O setor de veículos eletrificados no Brasil teve um crescimento significativo em 2024, com 173.530 novos veículos em circulação, representando uma alta de 85% em relação ao ano anterior. No último mês do ano, as vendas atingiram um recorde histórico de 18.942 unidades, excluindo os micro-híbridos. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), que também destacou que os híbridos plug-in (PHEV) foram os que mais cresceram, com 64.009 novos modelos emplacados, enquanto os elétricos (BEV) somaram 61.615.

A mudança no perfil dos consumidores é notável, já que em 2023 os híbridos puros (HEV) eram os preferidos, enquanto os veículos 100% elétricos tinham apenas 19 mil unidades emplacadas. A ABVE considera eletrificados todos os veículos com algum grau de eletrificação, incluindo micro-híbridos e mild hybrid (MHEV). O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, alertou que alguns micro-híbridos não oferecem uma experiência real de eletromobilidade, sugerindo a necessidade de separar as estatísticas desses modelos.

Para 2025, a ABVE planeja incluir apenas veículos que atendam a requisitos técnicos específicos em suas estatísticas mensais. Esses critérios incluem voltagem da bateria, tração elétrica e contribuição efetiva para a redução de emissões de poluentes. Os novos dados devem ser divulgados no início de fevereiro, refletindo uma abordagem mais rigorosa sobre o que constitui um veículo eletrificado.

Nos Estados Unidos, as vendas de veículos totalmente elétricos e híbridos atingiram 20% das vendas de novos carros e caminhões em 2024, com mais de 3,2 milhões de veículos eletrificados vendidos. A Tesla manteve a liderança no mercado de EVs, embora sua participação tenha caído para 49%. As vendas de veículos tradicionais a gasolina ou diesel caíram para 79,8%, marcando a primeira vez que ficam abaixo de 80%. A expectativa é que em 2025, um em cada quatro veículos vendidos seja eletrificado, impulsionado por subsídios federais que podem ser revogados pela nova administração.